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Empoderamento das mulheres indígenas é debatido na CSW
No ano em que celebramos uma década da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, a Comissão sobre o Status da Mulher (CSW), o evento das Nações Unidas, levanta o tema do empoderamento das mulheres indígenas. Durante o painel Diálogo interativo sobre o tema emergente: Empoderamento das Mulheres Indígenas”, a secretária de Políticas para as Mulheres (SPM/MDH), Fátima Pelaes, chefe da delegação brasileira, defendeu a importância para o Brasil do empoderamento das mulheres indígenas, em todas as suas etinias e especificidades.
“A promoção dos direitos humanos das mulheres indígenas é fundamental para alcançarmos a plena igualdade de gênero e o desenvolvimento sustentável em suas três vertentes: ambiental, econômica e social. Esse grupo merece também especial atenção por estar sujeito a múltiplas e inter-relacionadas formas de violência e discriminação”.
Fátima Pelaes lembrou que o Brasil possui cerca de 12% do seu território com terras indígenas demarcadas. Isso representa uma áreas maior do que os territórios somados da França, Alemanha, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.
Para fortalecer lideranças locais, incluindo as mulheres indígenas, a secretária informou sobre a realização do Encontro Mulheres da Amazônia, que aconteceu em Belém (PA), que teve o objetivo de ampliar o debate e ampliar o conhecimento de políticas públicas e os direitos para as mulheres.
Em seu discurso, também, Fátima Pelaes, destacou a participação da delegação brasileira da Rayanne França, representante da Articulação dos Povos indígenas do Brasil e do Projeto “Vozes das Mulheres Indígenas”. “É claro que apenas uma mulher não é suficiente para dar voz à diversidade de grupos étnicos existentes no Brasil, mas sinaliza um avanço e serve como exemplo multiplicador para que outras lideranças indígenas se sintam empoderadas a participar desses espaços de discussão”, disse.
A Secretária finalizou seu discurso chamando atenção que não basta apenas implementar o quinto objetivo da Agenda 2030, mas é preciso tornar- lo transversal para incluir todas as mulheres.