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O diploma foi concedido pela primeira vez a um homem
Eleonora Menicucci entrega Prêmio Bertha Lutz ao Ministro Marco Aurélio Mello
Legenda: Secretária Especial Eleonora Menicucci entrega diploma a Marco Aurélio Mello. Foto: Leo Rizzo
Em cerimônia no Senado Federal na manhã deste 8 de março, a Secretária Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Eleonora Menicucci, entregou o Prêmio Bertha Lutz ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, primeiro homem a receber o diploma. O prêmio é concedido pelo Senado a pessoas que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e a questões de gênero no Brasil.
Como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Melo lançou em 2014 a campanha publicitária “Mais Mulheres na Política”. Ele também ajudou a conceber a ideia publicitária “Todo Poder às Mulheres”, defendendo condições que favoreçam a maior participação feminina em todas as instâncias de poder e de atuação na sociedade.
A ministra do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, entregou o prêmio para a representante da militante nas áreas de raça e gênero Luiza Helena de Bairros, ex-titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Social da Bahia e ex-ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil (de 2011 a 2014). A cerimônia de entrega do prêmio, que está na 15ª edição, foi feita neste 8 de março, durante a sessão solene do Congresso Nacional destinada a comemorar o Dia Internacional da Mulher.
Este ano, o Diploma Bertha Lutz também foi entregue à ex-ministra Ellen Gracie Northfleet, primeira mulher a integrar e presidir o Supremo Tribunal Federal; à cirurgiã-dentista Lucia Regina Antony, ex-vereadora em Manaus, líder feminista, fundadora e ex-presidente do Comitê de Mulheres da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da União de Mulheres de Manaus; e à escritora Lya Luft.
Prêmio - O Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz foi criado em 2001 e já premiou 75 mulheres. Entre elas, Rose Marie Muraro, escritora e feminista; Maria da Penha, farmacêutica que inspirou com sua luta pessoal a aprovação da Lei Maria da Penha; Zilda Arns, que foi coordenadora da Pastoral da Criança; a presidente Dilma Rousseff; e a ex-senadora Emília Fernandes, autora do projeto que deu origem à premiação.
O nome do prêmio é uma homenagem à bióloga Bertha Maria Julia Lutz (1894-1976). Ela foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil, responsável por ações políticas que resultaram em leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos no início do século 20.
Com informações da Agência Senado