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02/04 - Associação do Memorial da Anistia homenageia ministra Eleonora Menicucci
O evento aconteceu na capital mineira, no último dia 31, e incluiu a entrega simbólica dos arquivos da Câmara Municipal de Belo Horizonte à Comissão de Anistia/MJ e à Comissão da Verdade em Minas Gerais, em celebração aos que lutaram pela democracia
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Eleonora Menicucci, foi homenageada durante o ato público “50 Anos de Resistência à Ditadura de 1964”, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, e 31 de março último.
O vereador Tarcísio Caixeta, autor da indicação do nome da ministra para receber a homenagem, entregou-lhe placa com os dizeres: "A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem” (Guimarães Rosa). Pela sua coragem, os belorizontinos lhe rendem esta homenagem."
O evento foi promovido pela Associação dos Amigos do Memorial da Anistia Política do Brasil, no local onde funcionou o Colégio de Aplicação da UFMG, ao lado do prédio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). No local funcionará a futura sede do Memorial.
Em seu pronunciamento, a ministra lembrou que foi na Fafich que ela iniciou sua militância, primeiro no movimento estudantil, depois na resistência à ditadura, que a levou à prisão e à tortura. “No dia 1º de março de 1964, coloquei pela primeira vez meus pés aqui, onde aprendi a ser sujeito de direitos, aprendi que viver é lutar. A Fafich está nas vidas de quem ali estudou de maneira muito importante e forte. Nela aprendemos não só teoria, mas a prática da política, o respeito, a luta contra a ditadura e seus desmandos”, afirmou a ministra.
Eleonora Menicucci afirmou fazer parte de uma geração que construiu, na luta contra a ditadura, os rumos da democracia no país. “A consolidação das leis democráticas são resultado das ações de jovens que enfrentaram torturas e prisões. Nosso destino era a cadeia ou a morte. Fui 'contemplada' com a cadeia, mas sobrevivi para continuar na luta pela justiça social, por um país mais equânime e sem preconceitos de qualquer ordem”, disse.
Significado – Conforme a ministra, há um forte significado em o Memorial estar sendo construído ali, ao lado do palco de tantos acontecimentos de resistência à ditadura. O espaço de memória e consciência é destinado a preservar o legado e o acervo da Comissão de Anistia e servirá de instrumento simbólico de reparação moral àqueles que foram perseguidos e tiveram seus direitos violados durante os governos ditatoriais.
No mesmo evento, a ministra foi convidada a prestar homenagem à viúva do cartunista Henfil, também ex-aluno da Fafich, pelos 70 anos de nascimento do artista. Outra homenageada, com o título de cidadã honorária de Belo Horizonte, foi a viúva do educador Paulo Freire, Nita Freire. Também houve a entrega simbólica dos arquivos da Câmara Municipal de Belo Horizonte que homenageiam os que lutaram pela democracia no Brasil. A doação foi feita seu presidente, vereador Léo Burguês de Castro, ao presidente da Comissão de Anistia e Secretário Nacional de Justiça/ MJ, Paulo Abrão, e ao presidente da Comissão da Verdade em Minas Gerais, Antônio Ribeiro Romanelli.
Além destes, participaram do ato o reitor da UFMG, Jaime Arturo Martinez, o presidente da Comissão Nacional da Anistia e secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, o vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros, a presidenta da Associação dos Amigos do Memorial da Anistia Política do Brasil, Christina Rodrigues; e o vice-presidente da Associação dos Amigos do Memorial da anistia Política do Brasil, Betinho Duarte.
Secretaria de Políticas para as
Mulheres
– SPM
Presidência da República – PR
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