19/12 - Prefeitura de Curitiba mobiliza bairro para receber Casa da Mulher Brasileira

Organizada pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, divulgação da obra é feita por meio de uma ação de comunicação que envolve moradores, comércio local e estabelecimentos públicos do bairro Cabral

Com Secretaria de Mulheres de Curitiba

Com folheto direcionado a moradoras e moradores do bairro Cabral, a prefeitura de Curitiba mobiliza comércio local e estabelecimentos públicos para informar sobre a construção da Casa da Mulher Brasileira , na avenida Paraná. O espaço é um dos eixos estratégicos do programa ‘Mulher, Viver sem Violência’ , coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), e será edificado nas imediações de um terminal de ônibus, para facilitar o acesso da população de outros bairros curitibanos.
Na segunda-feira passada (16/12), foi instalada placa de identificação da obra, que será realizada no início de 2014. A dimensão total do empreendimento é de 13 mil metros quadrados e, destes, 4 mil são de área construída para abrigar a Delegacia da Mulher, uma unidade do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar, atendimento psicossocial da Prefeitura de Curitiba, além de serviços do Ministério Público e da Defensoria Pública, entre outros. Também contará com alojamento de passagem, brinquedoteca, central de transporte e serviços voltados a promover a autonomia econômica das mulheres em situação de violência, nas áreas de trabalho, renda e empreendedorismo feminino.

“A Prefeitura de Curitiba cercou a área, está cuidando da segurança do local e informando à população que mora e trabalha nas imediações sobre a obra. Destaca ainda a importância do trabalho que será realizado ali para a prevenção da violência contra a mulher”, explicou a secretária da Mulher de Curitiba, Roseli Isidoro.

Boas-vindas da vizinhança - Em agosto passado, durante ato que reuniu a ministra Eleonora Menicucci, da SPM, o Paraná aderiu ao ‘Mulher, Viver sem Violência’. Para a balconista Marisa de Oliveira de Almeida, que trabalha em uma lanchonete próxima ao terreno, a Casa da Mulher Brasileira funcionará em ponto privilegiado, com fácil ligação com os demais bairros da cidade. Mãe de dois filhos, ela foi vítima da violência doméstica e diz conhecer outras mulheres na família que sofrem constantemente agressões físicas e morais.

“Passei por isso, sei como é e o quanto a gente pensa bastante antes de tomar uma atitude. Com os serviços todos espalhados, essa decisão fica ainda mais difícil e a mulher até desiste no meio do caminho. Acaba encontrando, assim como eu, alternativas que dependem somente dela, como se separar e mudar de endereço. Quando se tem filhos, tudo fica ainda mais complicado”, contou Marisa.

Adequação de serviços - Luíza Melzer, funcionária de uma loja de presentes na Avenida Paraná, também concorda que a Casa da Mulher Brasileira vai proporcionar um atendimento adequado às mulheres em situação de violência. Luíza leu atentamente as informações do panfleto distribuído à população da região vizinha e fez questão de falar para as clientes que passaram pela loja sobre essa novidade. “Achei muito interessante. Hoje, a mulher chega a denunciar, mas volta para casa e é assassinada. É importante que tenha essa atenção e esse local onde buscar todos os atendimentos que necessita para se encorajar e se libertar da violência”, afirmou.

Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR
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