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02/08 - Cooperação entre SPM, Sudeco e CNPq vai investir na formação de mulheres em áreas tecnológicas e de trabalho tradicionalmente ocupadas por homens
Publicado em
02/08/2012 21h47
Atualizado em
08/08/2012 15h11
Serão disponibilizados R$ 2 milhões para realização de cursos de curta duração
Foi assinado, na manhã desta quinta-feira (02/08), um termo de cooperação técnica entre a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), do Ministério da Integração Nacional, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O acordo objetiva a realização de cursos de capacitação técnica, de curta duração, para ensinar mulheres a operar máquinas agrícolas e a mecânica de automóveis.
O termo tem a duração de 24 meses, existindo a possibilidade de renovação. Somente para o primeiro ano estão disponíveis R$ 2 milhões – metade de recursos da SPM e metade do Ministério da Integração Nacional (MI) – por meio da Sudeco.
Para a secretária-executiva da SPM, Lourdes Bandeira, o termo de cooperação rompe a visão tradicional das profissões “masculinas”, ainda mais quando exercidas por mulheres vulneráveis, como é o caso do projeto. Na sua fala, ela destacou a presença do CPNq no acordo faz lembrar que 54% dos doutores são mulheres, e atualmente elas ocupam 60% dos bancos das universidades. Porém, os salários mais baixos das mulheres e a pouca ocupação feminina em postos de comandos não refletem essa realidade. “Ainda precisamos investir para a inserção feminina em áreas mais tradicionalmente masculinas, como as científicas e tecnológicas”, explicou a secretária-executiva da SPM.
Lourdes Bandeira afirmou que o foco no Centro-Oeste se dá por ser uma região com a presença de grandes propriedades rurais, com ênfase na monocultura, tornando a entrada dessas mulheres no mercado de trabalho mais rápida. Segundo o superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado, a inserção profissional será automática, promovida tanto pela Superintendência como pela SPM.
O CNPq vai, num primeiro momento, lançar uma chamada pública com ênfase no suporte dos arranjos produtivos locais. “Este edital se enquadra na visão estratégica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que é levar o conhecimento a todos o setores da sociedade brasileira”, lembrou. Ele acrescentou que o projeto contribui para o empoderamento da população brasileira – especialmente a feminina, buscando sempre a igualdade em todos os setores. O Conselho também vai capacitar os instrutores e pesquisadores que ministrarão os cursos.
“É importante que a academia saia de seus muros e capacite as pessoas”, disse o secretário executivo do MI, Alexandre Navarro. Ele acredita que o Brasil precisa de pessoas que ajudem na produção e que participem do mercado produtivo. “A presença da mulher proporciona mais correção em qualquer processo humano”, considerou.
Estiveram presentes ao evento representantes da Caixa Econômica Federal, Secretaria da Mulher do Distrito Federal, Secretaria para Assuntos da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, Força Sindical, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir-PR), Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Ministério do Desenvolvimento Agrário.