Notícias
25/07 - Equidade de gênero da Transpetro promove a ascensão das mulheres marítimas
Desde 2001 na Transpetro, Hildelene Lobato Bahia é uma das primeiras mulheres a trabalhar na frota e primeira mulher no Brasil a chegar a comandante
O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça que atingiu sua quarta edição, em 2012, já conta com a participação de 80 empresas. E, entre elas, está a Petrobras Transporte S.A. - Transpetro que contribui para a equidade de gênero dentro da empresa e, inclusive, conta em sua equipe com a primeira mulher que comandou um navio. Trata-se da capitã Hildelene Lobato Bahia, de 38 anos, que assumiu, em 2009, o Carangola, navio com capacidade de 18 mil toneladas, tornando-se a primeira mulher a ocupar o posto mais alto da hierarquia da Marinha Mercante brasileira.
Atualmente, as mulheres já representam 10% do quadro de oficiais da Marinha Mercante que trabalham na Transpetro, companhia que mais contrata oficiais mulheres no mundo. Dez vezes a média mundial, que é de 1%. O Brasil é hoje o país com o maior número de oficiais mulheres.
“A minha ascensão foi um divisor de águas, uma quebra de paradigmas. Me sinto orgulhosa por possibilitar a abertura de mercado para as mulheres num ambiente exclusivamente masculino. Hoje já tem uma segunda mulher comandante de navio”, destacou a comandante. No início, ela relata que alguns colegas ficaram preocupados com uma presença feminina no navio. Mas que hoje já consideram normal. “Antes era um ambiente muito fechado. Mas com a presença de mulheres, passou a ser um ambiente mais familiar”, avalia.
Em março deste ano, Hildelene tornou-se capitã de longo curso, sendo a única mulher no Brasil apta para navegar no mundo inteiro. Em novembro, ela assumirá o comando do navio de produtos Rômulo Almeida, com capacidade de 47 mil Toneladas de Porte Bruto (TPB). de 40 toneladas. Essa será a quarta embarcação entregue por estaleiros brasileiros à Transpetro por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).
“O meu trabalho é muito apaixonante, me permite conhecer muitos lugares diferentes, de Norte a Sul do Brasil, e países do Mercosul. Como oficial mercante, já naveguei também pelo Caribe, Estreito de Magalhães e Bahrein (no Golfo Pérsico), quando já atuava como imediata”. Ao levar o navio para o estaleiro para fazer reparos, em Bahrein percebeu que os muçulmanos ficaram surpresos por serem comandados por uma mulher. “Mas eles ficaram tranquilos quando constataram que eu tinha qualificação para coordenar aquela ação”.
Mas, além de comandar um navio maior, está nos planos de Hildelene e de seu marido, o também marítimo Paulo Roberto, ter um filho em breve. “Eu só precisarei conciliar a carreira com a maternidade”.
Trajetória ascendente - Hildelene nasceu em Icoaraci, distrito de Belém (PA), e sua trajetória profissional de começou em 1997, quando, ao formar-se em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Pará (UFPA), prestou concurso, quase que por acaso, para a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM). Fez a prova apenas para acompanhar o irmão, que havia feito a inscrição. conseguiu ser aprovada em 24º lugar – e o irmão não – e passou a integrar o primeiro quadro feminino do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (CIABA), em Belém.
Em 2001, foi contratada pela Transpetro, tornando-se uma das primeiras mulheres a trabalhar na frota. Na primeira vez que embarcou, era a única figura feminina a bordo do Lorena. Além da estranheza dos tripulantes, Hildelene teve de driblar os receios dos pais, que acreditavam ser uma mudança muito forte na vida da filha.
No navio Lorena, Hildelene passou sete importantes anos que marcaram seu pioneirismo na carreira marítima. Lá, tornou-se segundo e primeiro piloto, a primeira mulher no Brasil a chegar a imediato – segundo cargo na hierarquia de um navio – e a primeira capitã de cabotagem. A embarcação, inclusive, ficou conhecida como “o navio da imediata”. Em 2003, prestou concurso para a Transpetro e passou definitivamente para o quadro da frota.
Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR
Participe das redes sociais: www.facebook.com/spmulheres e www.twitter.com/spmulheres