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23/07 - Ministra interina mostra, na 64ª reunião da SBPC, ações da SPM para quebrar barreira de gênero em ciência e tecnologia
No discurso Mulheres, feminismo e ciência na SBPC detalha investimentos da SPM para a inclusão das mulheres no mundo científico
Com Agência Brasil
Com o tema Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar a Pobreza, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) abriu, no domingo passado (22/07), em São Luís, a 64ª reunião da entidade. Durante a cerimônia, a ministra interina da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Lourdes Bandeira, recuperou a mudança de paradigma nas políticas públicas desde a criação da Secretaria.
“Se, por um lado, a igualdade de gênero deixou de ser um marcador exclusivo da ação política-militante de grupos feministas, envolvendo a presença das mulheres na proposição das políticas públicas, por outro, criou um deslocamento, na medida em que evoca a identidade de um sujeito político não mais em nome de quem se fala – as mulheres e suas questões -, mas valoriza a democratização das relações de gênero e dos lugares de gênero”, analisou a ministra Lourdes Bandeira, também, professora da pós-graduação em Sociologia da Universidade de Brasília (UnB).
No texto Mulheres, Feminismo e Ciência na SBPC, a ministra interina da SPM apontou a situação das mulheres na produção científica. “No contexto internacional de Ciência & Tecnologia, a participação feminina atinge uma taxa de cerca de 30%, ainda não alcançada no Brasil. Embora desde 2004 as mulheres tenham ultrapassado os homens em número de títulos de doutorado, elas predominam nas áreas das ciências humanas”. Segundo Lourdes Bandeira, é “inegável o avanço das mulheres. No entanto, isso não se reflete na ocupação dos postos mais qualificados nas universidades e nos centros de pesquisas, sobretudo no campo das ciências exatas (nas engenharias e na ciência da computação)”, completou.
De acordo com a presidenta da SBPC, Helena Bonciani Nader, um dos desafios da reunião deste ano é encontrar caminhos para combater a pobreza intelectual. Ela reivindicou o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação e a partilha de 50% do Fundo Social formado por recursos obtidos com a exploração de petróleo na camada pré-sal para investimentos em educação e ciência e tecnologia.
Saberes tradicionais e ciência - O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, destacou que é preciso incorporar os conhecimentos tradicionais aos sistemas de ciência, tecnologia e inovação, "assegurando aos seus detentores a divisão justa e equitativa de sua produção".
Raupp ressaltou ainda que a contribuição da ciência não ocorre apenas dentro de laboratórios. "A tendência mundial é que a ciência e o cientista deem uma colaboração maior na formulação de políticas públicas nas diversas áreas de atuação governamental." O ministro engrossou a reivindicação dos recursos do pré-sal e estimulou a mobilização da comunidade científica. Além disso, destacou a realização do Fórum Mundial de Ciência, em 2013, no Brasil. "As discussões já começam em agosto deste ano, na cidade de São Paulo", disse.
Para o reitor da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Natalino Salgado Filho, a ciência e o conhecimento são parte da solução para a desigualdade social. "A questão da pobreza é histórica e cultural. Vamos aliar o conhecimento cientifico aos saberes para trabalhar uma área de produção e, a partir daí, estimular as comunidades a industrializar seus conhecimentos tradicionais. A ciência é um instrumento de mudança para o povo brasileiro", ressaltou.
A organização do evento confirmou a inscrição de 10 mil pessoas e aguarda o dobro de participantes até o final da reunião. O encontro se encerrará na próxima sexta-feira (27/07).
Veja a íntegra da programação no site da SBPC: http://www.sbpcnet.org.br/saoluis/home
Leia aqui o discurso da ministra interina da SPM, Lourdes Bandeira, Mulheres, feminismo e ciência na SBPC
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