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Em SP, ministra Macaé defende inclusão e responsabilidade social no centro das estratégias empresariais
Ausência de reparação após violações perpetradas pelo Estado derruba conceito de meritocracia, defende ministra Macaé em fórum sobre Direitos Humanos e Empresas (Foto: Rafael Francisco)
Presente na mesa de abertura do Fórum Brasil Diverso, realizado nesta quinta-feira (31) no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP), a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Macaé Evaristo, destacou a importância da inclusão e da diversidade no contexto empresarial.
"Defender a diversidade e a representatividade também é defender direitos como acesso à água, ao meio ambiente saudável, à saúde e à terra”, destacou a ministra, acompanhada pelo CEO do Fórum, Maurício Pestana; e pelo presidente do Memorial da América Latina, Pedro Mastrobuono.
Em sua fala, a ministra enfatizou a responsabilidade social das empresas na relação com comunidades e grupos historicamente marginalizados, como povos indígenas, mulheres, pessoas LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. Nesse sentido, Macaé argumentou que há um processo histórico que deixou as pessoas indiferentes às desigualdades sociais.
"É fundamental que a gente possa aprofundar esse debate de produzir uma sociedade democrática no Brasil. A diversidade não só promove equidade, mas impulsiona a inovação e o desenvolvimento sustentável nas empresas", pontuou a gestora, frisando a necessidade de as corporações se comprometerem com práticas éticas e transparentes, promovendo a devida diligência para assegurar o respeito aos direitos humanos e o desenvolvimento sustentável.
Luta por justiça social
Durante a atividade, a ministra também participou do painel "Oportunidade Negra X Privilégio Branco" ao lado de Marina Peixoto, diretora-presidente do Movimento pela Equidade Racial (MOVER), e de Théo van der Loo, CEO da NatuScience. Na oportunidade, Macaé discutiu como o racismo e outras desigualdades sociais persistem e chamou a atenção para a necessidade de enfrentá-las com políticas que promovam o acesso igualitário a oportunidades.
Nessa perspectiva, a gestora enfatizou a luta por maior representatividade na política institucional no Executivo, Legislativo e Judiciário. “Muito pouco a gente indaga sobre quem decide onde gasta e com quem gasta, quem escreve as leis e quem diz onde tem que ter prioridade no investimento público”, questionou Macaé, evidenciando desigualdades em espaço de poder.
Para enfrentar essa realidade, a ministra defendeu a educação como caminho, desde a escola pública até as universidades, a fim de emancipar a população brasileira. Na visão da gestora, mazelas históricas como a escravização e a opressão por governos autoritários, sem que houvesse reparação a grupos atingidos, é o que impede o país de alcançar a justiça social.
Fórum
Comemorando seus dez anos, o evento, organizado pela Revista Raça, reúne durante esta quinta (31) e sexta-feira (1º), líderes do setor empresarial, educacional e da sociedade civil para debater o presente, o passado e o futuro das práticas de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) no Brasil, discutindo equidade, diversidade e inclusão no mundo corporativo, com enfoque em diversidade étnica e de gênero.
Texto: E.G.
Edição: R.D.
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