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INTEGRAÇÃO
Em BH, ministra Macaé Evaristo ressalta importância da parceria com a sociedade civil para garantia de direitos universais
Entidade foi uma das selecionadas pelo edital Viva Mais Periferia, do MDHC (Foto: Rafael Francisco)
Formação profissional, segurança alimentar, acesso ao emprego e renda para as pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade social. Esses foram os destaques da agenda da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Macaé Evaristo, na instituição Sistema Divina Providência, nesta sexta-feira (1º), em Belo Horizonte (MG).
Convidada pela organização da sociedade civil (OSC), Macaé Evaristo visitou os programas desenvolvidos pela instituição na capital mineira. Na data, a gestora também debateu parcerias, além de ressaltar a importância da atuação conjunta entre o Poder Público e a sociedade civil.
“Essa experiência é muito interessante porque articula a abordagem de um público e de sujeitos que estão no escopo da política de direitos humanos, desde o acolhimento, a construção do vínculo, o encaminhamento para programas tanto de elevação de escolaridade como de formação profissional, a ida para a primeira moradia”, elencou a ministra.
Para a titular da pasta dos Direitos Humanos, outro ponto que chama atenção é a diversidade etária das pessoas atendidas pela instituição. “Nós vimos pessoas idosas que estão querendo se requalificar, se reposicionar no mundo do trabalho; jovens que estão fazendo o seu primeiro curso de qualificação profissional. É bem interessante essa convivência intergeracional, isso para mim é um desenho muito importante e muito significativo”, pontuou.
- (Foto: Rafael Francisco)
Superintendente-geral no Sistema Divina Providência, Dolores Bertilla deu destaque à importância do atendimento individualizado e humanizado. “Nós fazemos um trabalho de promover o resgate da dignidade humana. Nós só nos desenvolvemos enquanto seres humanos, só nos tornamos pessoas melhores, quando possibilitamos que todo mundo tenha acesso à escola, ao estudo, à alimentação, que é o básico. Aqui, temos também o acolhimento, esse trabalho de forma humanizada”, destacou Dolores.
De acordo com a superintendente, são 17 unidades que desenvolvem um trabalho muito extenso. “No total, atendemos cerca de 22 mil pessoas por mês e todos os irmãos estão junto com a gente nesse processo. O público aqui vem buscar resgate, cuidado; são pessoas que precisam ser amadas, ser olhadas. Esse é o nosso papel na sociedade e no apoio às políticas públicas, que são feitas junto com várias mãos”, completou.
Organização
O Sistema Divina Providência (SDP) é composto por entidades de caráter social, filantrópico, humanista e cultural. Ao todo, são 17 obras assistenciais, divididas entre instituições de acolhimento e atendimento; 10 centros de formação profissional; centros infantis; restaurantes populares; entre outras iniciativas. Os recursos para manter a estrutura são provenientes de doações e investimentos da sociedade civil.
Durante a agenda, a ministra visitou os Centros de Formação Profissional no Centro de BH. O eixo gastronomia tem cursos de confeitaria; panificação; pizza e salgados. Os outros eixos contemplam beleza, estética e bem-estar; gestão e negócios, corte e costura e cuidadores de idosos; e tecnologia. Nove centros de formação profissional estão localizados em BH e um em Montes Claros. O grupo de apoio é o Somos Todos Irmãos, com 200 voluntários.
Números
Entre as ações do Sistema Divina Providência, o Programa Alimentar visa garantir a segurança alimentar das famílias em risco social e em extrema vulnerabilidade, inclusive pessoas em situação de risco, por meio da distribuição de cestas básicas e acompanhamento com assistentes sociais para levantamento de demandas e encaminhamentos.
Entre janeiro e outubro de 2024, foram distribuídas 10,1 mil cestas básicas para as famílias atendidas, garantindo a segurança alimentar para 5,4 mil pessoas mensalmente. Os serviços incluem distribuição de alimentos, formação profissional, empregabilidade, promoção de alimentação saudável e fomento às hortas caseiras para 2 mil famílias de BH e Região Metropolitana. Cerca de 15% das famílias atendidas já desenvolvem horta em casa.
Texto: R.O
Edição: R.D.
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