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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Macaé Evaristo defende transformação da cultura política para a construção de uma democracia mais inclusiva
Macaé Evaristo proferiu palestra no painel sobre inclusão, diversidade e sustentabilidade, ao lado de demais lideranças do governo federal (Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
A Lei de Cotas, implementada nas instituições de ensino superior no Brasil há uma década, foi destaque no discurso da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, como exemplo de ação afirmativa adotada pelo Brasil com resultados positivos para promoção de mudanças na sociedade. A titular da pasta foi uma das palestrantes do painel sobre inclusão, diversidade e sustentabilidade, da 29ª edição do Congresso Internacional do Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD), na manhã desta quinta-feira (28), em Brasília.
"As cotas mudaram a cara das universidades brasileiras", lembrou Macaé ao se referir à ampliação do acesso ao ensino superior a estudantes negros, indígenas e oriundos da rede pública. Para ela, a transformação do Estado passa, necessariamente, por iniciativas como essa, que consigam promover uma efetiva mudança da cultura política, por meio da compreensão dos processos históricos que permearam a criação desse modelo de Estado atual, moldado pela exploração de grande parcela da população, principalmente, da escravização de pessoas negras por mais de 300 anos.
É urgente, de acordo com a ministra, romper com uma visão homogeneizadora e colonizadora, aquela que delega a um tipo humano o poder da construção da política. "Não é possível pensar políticas públicas inclusivas sem a participação da pluralidade de sujeitos que a gente tem no nosso pais", frisou a ministra Macaé Evaristo, que sustentou a importância de estender as cotas raciais e de gênero para assegurar mais equidade no acesso a cargos da administração pública dos três poderes.
Para a ministra dos Direitos Humanos, os resultados da Lei de Cotas nas universidades permitem a sociedade vislumbrar a promoção de mudanças profundas no pensamento hegemónico colonial. "Transformar o Estado é também fazer com que as nossas epistemologias estejam presentes na produção cientifica e tecnológica. Queremos estar na ciência, na tecnologia, porque temos conhecimentos próprios e podemos também criar uma ciência que é decolonial". defendeu. "A gente quer transformar por dentro, transformando a cultura politica. Esse é o desafio", concluiu Macaé Evaristo.
Congresso Internacional
Também integraram o painel do evento nesta manhã demais lideranças do governo federal, como a primeira-dama Janja da Silva, e as ministras Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas; Cida Gonçalves, das Mulheres; e Esther Dweck, de Gestão e Inovação em Serviços Públicos. O Congresso Internacional do CLAD, que acontece na Escola Nacional de Administração Pública (Enap) até sexta (29), reúne especialistas de diversas áreas para discutir políticas públicas voltadas ao desenvolvimento inclusivo e sustentável do Estado.
Texto: B.N.
Edição: R.D.
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