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SEMANA DA MULHER
Na semana da mulher, prevenção à violência de gênero e patriarcado são debatidos em evento promovido pelo MGI
Fotos: André Corrêa/CDN
Preconceitos, definições impostas por quem historicamente está no poder e novos conceitos foram algumas das reflexões trazidas pela secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, nessa quarta-feira (6), durante o evento "Dia Internacional das Mulheres. Prevenir as violências, enfrentar os desafios", realizado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
“Antes de a gente debater o sistema econômico e as violências que, em nome da disputa de poder e da disputa econômica, milenarmente se fazem no mundo inteiro, a gente tem que falar de uma estrutura patriarcal que sustenta toda essa relação e que vem mantendo o poder na mão de homens e de um tipo específico de homem”, pontuou Symmy Larrat.
“A partir disso se constroem padrões, um padrão de ser humano, e quem não compõe esse padrão nem é considerado humano e diz que as pessoas têm que ser heterossexuais e cisgêneros, ou seja, têm que pertencer e se reconhecer ao gênero com o qual ela é determinada a partir do seu sexo. Não é um gene que vai dizer qual é o meu sentimento, como eu me vejo no mundo e na sociedade”, disse.
A titular do MGI, ministra Esther Dweck, salientou a oportunidade de debater o tema. “Por um lado, é muito bom que estejamos aqui discutindo sobre isso, mas é triste que a gente, até hoje, tenha que falar do tema. A gente sabe que o Brasil bate recorde quando se fala de violência contra as mulheres e sabemos que mulheres negras e mulheres trans sofrem mais ainda essa violência. Então, repito, por um lado é bom, porque se a gente não debater e não falar as pessoas não conhecem a realidade e a gente não transforma essa realidade”, disse a gestora.
Além da representante do MDHC e da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participaram também a secretária de Enfrentamento à Violência contra Mulheres do Ministério das Mulheres (MM), Denise Motta Dau; a coordenadora do Programa Nacional de segurança Pública com Cidadania do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Tamires Sampaio; e a delegada da PCDF, Cyntia Carvalho e Silva.
Texto: T.P.
Edição: P.V.C.
Revisão: A.O.
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