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SESSÃO SOLENE
Ministro Silvio Almeida diz que Marielle Franco se tornou símbolo nacional e da força do povo brasileiro
Marielle Franco foi assassinada em março de 2018; nesse domingo (24) os três suspeitos de serem os mandantes do crime foram presos pela Polícia Federal
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, disse nesta terça-feira (26) que a vereadora Marielle Franco se tornou, seis anos após o seu assassinato, um símbolo nacional e uma prova da força do povo brasileiro. Ao participar de sessão solene em homenagem à memória da parlamentar e do seu motorista Anderson Gomes, assassinados em 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro, Silvio Almeida afirmou que as revelações sobre os assassinatos dão uma oportunidade de repensar o que precisa ser feito para que o Brasil possa ser ressignificado.
“Nós estamos aqui discutindo a política de segurança pública, como nós precisamos de uma política de segurança pública para o Brasil. Só que ficou evidente para nós que não existe política de segurança pública sem direitos humanos. E o contrário também é verdadeiro: não há direitos humanos sem uma política de segurança pública”, ressaltou o ministro, durante a solenidade realizada no Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, que marca os seis anos do crime.
De acordo com o titular do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Brasil precisa retomar o controle do seu território: “E retomar o controle do seu território não é usar as forças policiais para ficar entrando em casa de pobre e dando tiro e dando soco em negro, em pobre, em gente periférica. Retomar o controle dos territórios no Brasil significa o Brasil dar ao povo brasileiro aquilo que o povo brasileiro precisa, para ser o que ele pode ser de melhor”.
Ao finalizar sua fala, o ministro destacou a representatividade do caso para o país “Ela [Marielle] não é mais um símbolo do Rio de Janeiro, ela não é mais um símbolo da comunidade negra, ela não é mais um símbolo das mulheres. Marielle Franco agora virou um símbolo nacional, virou uma prova da nossa força, da nossa capacidade de se reorganizar e de resistir às barbáries que esse país nos perpetra”, completou.Além do gestor, estiveram presentes na sessão solene, solicitada pela deputada Talíria Petrone, parlamentares da Casa; a jornalista Fernanda Chaves, sobrevivente do atentado contra Marielle e Anderson; a diretora executiva do Instituto Marielle, Lígia Batista; e a presidenta do PSOL, Ligia Batista.
Defensores de direitos
No último final de semana, após a prisão de três suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ministro defendeu a importância dos programas de proteção a defensores de direitos humanos para que tragédias como essa não ocorram mais no país.
Em postagem nas redes sociais, Almeida citou o relatório da Polícia Federal (PF) que aponta as “motivações” alegadas pelos investigados, como a questão fundiária e do acesso à terra, ao território e do direito à moradia. Ainda no posicionamento, o ministro ressaltou a importância de iniciativas como o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), coordenado pelo MDHC, já que “mais de 80% dos defensores de direitos humanos inseridos nos programas de proteção estão ligados a questões fundiárias, territoriais e ambientais”.
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Texto: E.G.
Edição: P.V.C.
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