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MEMÓRIA E VERDADE
Direitos Humanos apresenta ao Iphan projeto de sinalização dos lugares de memória de africanos escravizados no Brasil
Iniciativa é uma das ações do projeto "Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil” (Foto: Marci Hences)
A secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Rita Oliveira, reuniu-se nessa terça-feira (14) com representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Ministério da Cultura (MinC) para tratar sobre uma pactuação entre os órgãos para fixação de placas de sinalização e reconhecimento em 100 lugares de memória de africanos escravizados no Brasil. A iniciativa é uma das ações do projeto "Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil”.
Durante a reunião, que contou com a participação do presidente do Iphan, Leandro Grass, Rita Oliveira observou que a iniciativa tem o intuito de promover visibilidade aos principais lugares de memória do tráfico de escravizados. “O projeto se apresenta como uma atuação conjunta de valorização da história, cultura e experiências africanas no país. É uma forma de reparação simbólica, de enfrentamento ao racismo e de combate às raízes das desigualdades e da exclusão social historicamente formadas no Brasil”, destacou Rita Oliveira.
Coordenadora-geral de Memória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas do MDHC e responsável pelo projeto, Fernanda Thomaz ressaltou, durante o encontro, que “a memória é um instrumento para a luta antirracista, para pensarmos sobre as violências do passado e suas consequências até hoje."
Em novembro do ano passado, o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, recebeu a primeira das cem placas. Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil, o local é Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
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Fases do projeto
O projeto “Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil” é dividido em duas etapas - a primeira visa à elaboração e fixação de placas alusivas ao reconhecimento pelo Programa Rotas do Escravizado da Unesco de cem lugares de memória dos africanos escravizados no Brasil, situados em 16 diferentes unidades da Federação.
Já a segunda etapa será voltada para ampliar a política de memória da escravidão nas regiões que serão sinalizadas a partir deste projeto. O foco será a disseminação do projeto por meio de plataformas digitais e a educação e cultura em direitos humanos, por meio da elaboração de material pedagógico; exposições fotográficas dos lugares de memória dos africanos escravizados no Brasil; publicação de catálogos das exposições sobre esses lugares; rodas de conversa sobre o tema junto à sociedade civil de municípios onde forem fixadas placas; entre outras ações.
O projeto é desenvolvido pelo MDHC em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e os ministérios da Igualdade Racial (MIR), da Cultura (MinC) e da Educação (MEC).
O projeto conta ainda com o apoio da Rede de Pesquisa Passados Presentes (LABHOI/UFF – Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense e NUMEM-UNIRIO – Núcleo de Documentação, História e Memória da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro).
Texto: M.H.
Edição: R.D.
Revisão: A.O.
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