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Com apoio do governo federal, seminário inédito debate direitos das mulheres redesignadas
O primeiro Seminário Nacional de Mulheres Redesignadas – Encontro Inamur começou, nesta quinta-feira (16), em Brasília (DF), com apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Na abertura, a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, aproveitou a ocasião para anunciar a criação de uma comissão permanente para acompanhar as demandas das mulheres redesignadas.
“Temos que sair desse seminário com uma comissão composta para acompanhar as pautas que serão apresentadas na reunião presencial do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, em novembro. Mas é preciso o compromisso de diálogo contínuo e permanente para monitorar as demandas”, salientou Symmy Larrat, ao saudar os presentes no evento e destacar o “momento histórico” que essa parcela da população está vivenciando com a realização do evento.
A proposta do seminário realizado pelo Instituto Nacional de Mulheres Redesignadas (Inamur) é impulsionar a mudança de mentalidade por meio de ações educativas, afirmativas e políticas. No entendimento da representante da entidade, Jacqueline Côrtes, essa mudança só é possível vivenciando a representatividade. “Convidamos todos a nos juntarmos nessa empreitada coletiva para a promoção dos direitos humanos das pessoas ‘ditas’ diferentes. Só é para todos, quando é para você também”, declarou a representante do Inamur na solenidade de abertura.
Já a oficial de Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva da Unfpa Brasil, Anna Cunha, lembrou que é um momento para celebrar e reconhecer conquistas alcançadas pelo movimento, como a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que passou a reconhecer o processo cirúrgico como afirmação de gênero e não como cirurgia de transgenitalismo. “Também é um momento para avaliar que ainda há muito a ser alcançado”, lembrou.
Para a representante do Unaids no Brasil, pela Organização das Nações Unidas, Cláudia Velasquez, o Brasil tem sido inspiração para acesso à saúde. Ela destacou os avanços no tratamento de HIV no país, apesar das populações mais vulneráveis ainda sofrerem com desigualdades e pelas tentativas de projetos de leis que tentam precarizar os direitos das pessoas LGBTQIA+. “É preciso estar vigilante para reduzir os retrocessos”, alertou.
Respeito e inclusão
Considerado um marco para o movimento trans do Brasil, o seminário ocorre dentro da programação do 17 de maio, Dia Internacional da Luta contra a LGBTQIAfobia. O evento foi planejado para conscientizar sobre a importância do respeito e da inclusão das mulheres redesignadas. A programação segue até domingo, dia 19 de maio, com mesas de debates sobre temáticas como: saúde, direitos humanos, atuação política e social. O momento também é considerado uma oportunidade para lançar um novo olhar político sobre a autonomia da autodeterminação feminina. Na plenária final de encerramento será apresentada uma carta de declaração com as principais reivindicações dos participantes.
Confira a programação completa do seminário.
Texto: R.L.
Edição: B.N.
Revisão: A.O.
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