Política de direitos humanos é imprescindível para construção de futuro mais justo e sustentável, alerta Silvio Almeida

No evento Estados do Futuro, realizado em paralelo ao G20, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, debateu estratégias de governança global com autoridades internacionais. A atividade aconteceu na tarde desta quarta-feira (24), no Rio de Janeiro. Segundo ele, enfatizou que direitos humanos não podem ser tratados como uma questão moral, mas, sim, como uma questão existencial para a proteção das populações, especialmente nos países do Sul Global.

“Alguém acha que uma política de direitos humanos é desnecessária vendo o que acontece com os povos indígenas no Brasil e diante do que acontece com os trabalhadores e trabalhadoras que moram nas periferias dos nossos países, dos nossos estados? Para nós, uma política de direitos humanos é condição fundamental, essencial, para qualquer política de desenvolvimento. Portanto, ela também tem que estar inserida numa lógica de governança global”, sustentou Silvio Almeida.

Ao lado de autoridades como o embaixador Celso Amorim e representantes de Portugal, Chile, África do Sul e Bangladesh, o ministro destacou ainda os desafios contemporâneos, como a crise climática, a produção de medicamentos e vacinas, além das ameaças cibernéticas e do discurso de ódio. Para o titular da pasta, a ausência de regulação do Estado em setores estratégicos tem contribuído para o aumento da pobreza e da desigualdade, reforçando a urgência de uma governança global capaz de mediar crises e proteger as condições de vida no planeta.

“Não se trata apenas de um problema de natureza institucional. Não é apenas escolher qual a forma da governança global. Nós vamos pensar como essa governança global é capaz de fazer com que nós possamos lidar com as contradições, se é que é possível, que são resultado da nossa própria forma de reproduzir as condições materiais da nossa existência. Essa discussão tem que se travar no campo dos direitos humanos”, refletiu o ministro.

Estados do Futuro

O evento Estado do Futuro reúne um grupo diversificado de atores globais para articular e compartilhar visões inovadoras para a transformação dos serviços públicos e da governança, discutir a integração de tecnologias avançadas no enfrentamento de choques e crises, e estabelecer uma plataforma de colaboração internacional, troca de conhecimento e parcerias estratégicas para promover um futuro resiliente, inclusivo e sustentável. A atividade é co-organizada pelos ministérios das Relações Exteriores e da Indústria, Comércio e Serviços e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Texto: D.M.

Edição: B.N.

Revisão: A.O.

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