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DEFESA DA DEMOCRACIA
Ministério e instituições parceiras firmam cooperação para instalação de Memorial da Luta pela Justiça
Ministro Silvio Almeida, a presidente da OAB-SP, Patricia Vanzolini, e diversas autoridades estiveram no local do Memorial (Foto: Tati Nahuz - Ascom/MDHC)
A antiga sede da Auditoria Militar terá um novo significado. O símbolo da repressão durante a ditadura civil-militar, no Brasil, vai se tornar o Memorial da Luta pela Justiça. Para efetivar o espaço, nesta sexta-feira (26) foi assinado Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP) - idealizadora do projeto, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e a organização Núcleo Memória, dedicada à preservação da memória política no país.
Na solenidade, o ministro ressaltou a importância das políticas de memória para a defesa da democracia no país. “A memória é isso, é a criação desse espaço em que podemos entrelaçar passado, presente e futuro. Em que podemos, a partir desse entrelaçamento, criar as condições para impulsionar o nosso destino e mudar o significado das nossas vidas. A memória tem um papel que eu acho muito bonito, que já foi ressaltado aqui: ela traz os nossos mortos para lutar junto com a gente em prol do futuro”, observou o titular da pasta dos Direitos Humanos.“A memória, portanto, é essa unidade de passado, presente e futuro em nome de um projeto que nos emancipa como humanidade, que só é possível por causa das políticas de memória. Nós estamos aqui fazendo algo que é fundamental para os direitos humanos, que é a preservação dessa memória para que não sejamos vítimas do que já fomos”, completou Silvio Almeida sobre o espaço, que contará com exposições, acervos, programas de visitação e debates, entre outras iniciativas, com o objetivo de resgatar, registrar e preservar a história das violações de direitos humanos no Brasil.
Para a presidente da OAB-SP, Patricia Vanzolini, a solenidade despertou vários sentimentos. “Um misto de alegria, muita emoção, indignação e também expectativa porque, afinal de contas, é bom lembrar que nós estamos aqui inaugurando essa parceria que vai dar novo impulso para essa longa caminhada. Essa não é uma causa só de São Paulo, é do Brasil e de toda a democracia brasileira. Isso é fundamental para que a gente possa seguir em frente com uma história que, como foi dito aqui, não deve se repetir”, ressaltou.
Projeto
Diversos atores sociais contribuíram com o projeto, como profissionais do direito, ex-presos políticos, museólogos, arquitetos, historiadores e jornalistas. O prédio da antiga sede da Auditoria Militar é um símbolo de repressão, onde ocorreram julgamentos de "crimes políticos" durante a ditadura civil-militar no Brasil. O objetivo é conscientizar para que crimes e injustiças do passado não se repitam.
Além do ministro Silvio Almeida e da presidente da OAB-SP, Patricia Vanzolini, participaram da mesa de autoridades o secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico social Sustentável (Conselhão), Paulo Pereira, que representou o ministro das Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha; o diretor do Núcleo Memória, Maurício Politi; e o tesoureiro da OAB-SP, Alexandre de Sá Domingues.
Assista ao evento na íntegra.
Texto: R.O.
Edição: B.N.
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