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GESTÃO
“Todo trabalho é coletivo”, diz novo diretor do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
Fábio Mariano da Silva traz um olhar pedagógico para a construção de políticas públicas (Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
Doutor em ciências sociais e mestre em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fábio Mariano da Silva assume a Diretoria de Promoção dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) com a expectativa de trazer um olhar pedagógico para a construção de políticas públicas.
O novo diretor, com vivência acadêmica de quase trinta anos na PUC-SP, tem a trajetória marcada pela consciência política desde cedo. “Me construí teoricamente para uma militância que eu já tinha”, relembra Mariano sobre a vida universitária, tendo participado do movimento negro pelas mãos da família, em especial pelas tias e pela mãe.
Professor há mais de quinze anos, Fábio Mariano é pesquisador de gênero, masculinidades e morte. “Classifico como ‘políticas de morte’ aquelas que negam o direito a acessos básicos”, explica, fazendo um breve contexto sobre o revisionismo histórico representado por ala da extrema direita nos últimos anos no Brasil e que ameaça Nações ao redor do mundo.
Nas últimas décadas, o novo gestor se dedicou tanto na academia quanto no governo de SP, sob a gestão do então prefeito Fernando Haddad, a construir políticas de implementação de cota e permanência de pessoas de baixa renda em centros de ensino superior, além da contratação exclusiva de professores negros em promoção da luta antirracista.
Mariano acredita no coletivo e na pedagogia como instrumentos de criação de políticas públicas eficazes e permanentes. “Ninguém anda sozinho. Se eu cheguei lá, é porque cheguei com a intenção de puxar os outros com direitos a se formar. Todo trabalho é coletivo”, frisa.
No MDHC, o novo diretor será responsável por temas que abrangem o direito à liberdade religiosa, a promoção do registro civil de nascimento e a proteção de pessoas migrantes, refugiadas e apátridas. Em sua gestão, pretende incorporar a ideia de que olhar para essas populações faz com que o país avance no ponto de vista democrático.
“Em qualquer projeto, vamos pensar a partir de uma perspectiva pedagógica para criar um vínculo com a sociedade. Vamos estabelecer parcerias e dialogar com todas as denominações religiosas de crença e não crença” antecipa.Além de prosseguir com os mutirões para acesso à documentação básica, Mariano pretende auxiliar e apoiar a Coordenação-Geral de Promoção do Registro Civil de Nascimento na criação de um protocolo para atuação do ministério diante de catástrofes socioambientais, a exemplo da tragédia que assolou o Rio Grande do Sul, que tendem a se tornar frequentes.
“Vamos precisar olhar para o futuro para criar políticas. É no campo da promoção que todos vão se encontrar. A construção de projetos dentro do panorama de promoção, por exemplo, se efetiva ao criar um Sistema Nacional de Direitos Humanos para que possamos agir com mais efetividade de um modo que não seja transitório, mas sim permanente”, compreende, em referência ao Grupo de Trabalho recentemente criado para encaminhar ao ministro Silvio Almeida subsídios para disseminação da política de direitos humanos no Brasil de maneira ampla, descentralizada, integrada e com a participação de todos.
Texto: R.D.
Edição: B.N.
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