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VISIBILIDADE TRANS
MDHC destaca cinco perguntas para não fazer a uma pessoa trans
Entenda como não abordar uma pessoa trans a fim de não ser invasivo ou ofensivo; na imagem, a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat (Foto: Ariel Morais)
As travestis Symmy Larrat e Ísis Zavlyn e o homem trans Leonardo Luiz explicam cinco perguntas que são invasivas e desrespeitosas para pessoas trans. O material está disponível em vídeo publicado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania nesta sexta-feira (26), no âmbito das ações pelos 20 anos da Visibilidade Trans. Instituído no ano 2004, o Dia da Visibilidade Trans será celebrado na próxima segunda-feira (29).
O primeiro questionamento a ser evitado é “qual o seu nome de verdade?”, considerado invasivo. “O meu nome é aquele que eu me reconheço e com o qual me apresento”, ressalta a travesti Symmy Larrat, que também é secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do MDHC. Em segundo lugar está “você é operado?”, que é “uma pergunta que não tem nem o porquê de estar fazendo”, como ressalta Ísis Zavlyn. “Essa é uma questão pessoal e não deve ser o foco da conversa”, completa Leonardo.
A terceira pergunta é “que fase da transição você está?”. De acordo com Symmy Larrat, cada pessoa tem a sua jornada e sabe aonde quer chegar e em que momento vai se sentir completamente bem com o seu corpo. “Então, o que importa é onde ela quer estar, onde ela vai estar e onde ela quiser estar”, complementa Ísis.
“Como você faz sexo?” também está entre os questionamentos absurdos. Para a secretária Symmy, “essa pergunta é invasiva e não tem relação nenhuma com a conversa”. Ainda no que se refere a assuntos íntimos, é preciso não questionar em nenhum momento “você tem certeza que é trans?”. “A identidade de gênero é um sentimento individual. Se a pessoa não tratou de assuntos íntimos e não lhe deu liberdade para falar sobre isso, é porque ela não quer falar sobre isso”, conclui Larrat.
20 anos de Visibilidade Trans no Brasil
Por meio de uma mobilização ocorrida em 2004 na Câmara dos Deputados com a campanha “Travesti e Respeito”, liderada por ativistas da comunidade trans em parceria com o Ministério da Saúde, o mês de janeiro traz a reflexão sobre a importância da visibilidade, representatividade e luta por acesso à saúde, à educação, à geração de emprego e renda e ao enfrentamento ao preconceito e à discriminação.
A bandeira LGBTQIA+ nas cores azul, branco e rosa indica que o Brasil é o país que mais mata pessoas que pertencem a esse movimento. Pessoas trans têm uma expectativa de vida de cerca de 35 anos, como indica a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
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Canal gratuito e acessível, o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) pode ser acionado por ligação gratuita bastando discar 100; WhatsApp (61) 99611-0100; Telegram (digitar "direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo); e site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em todas as plataformas as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para que o denunciante acompanhe o andamento da denúncia diretamente com o Disque 100.
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Texto: R.O.
Edição: R.D.
Revisão: C.S.
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