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LIBERDADE RELIGIOSA
Encontro inter-religioso debaterá saúde mental da população de terreiro no Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
Em dezembro, a coordenadora-geral de Promoção da Liberdade Religiosa do MDHC, Iyá Gilda de Oxum, promoveu o "Diálogo Inter-religioso" no DF (Foto: Gobah - Ascom/MDHC)
Representantes de religiões de diversas matrizes, do governo federal e da sociedade civil estarão reunidos no “8° Encontro Inter-Religioso e Saúde Mental – Racismo Mata e Compromete a Saúde”, neste domingo (21), Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Realizado pelo terreiro Ilê Axé Oyá Bagan, localizado no Paranoá (DF), o evento conta com a parceria do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Entre as autoridades, estará presente a coordenadora-geral de Promoção da Liberdade Religiosa do MDHC, Iyá Gilda de Oxum.
O objetivo consiste em promover a saúde mental da população de terreiro, além de apresentar e debater a situação, especialmente no que se refere às pessoas negras. No âmbito das atividades, o evento contará também com apresentação cultural; Feira Preta com exposição e venda de artigos afro; e ações de saúde realizadas ao longo do dia, como aferição de pressão, testes rápidos e práticas integrativas e complementares em saúde.
Histórico
Conforme ressaltado pela fundadora e membra do Ilê Axé Oyá Bagan e coordenadora da Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde (Renafro - Brasília/ Centro-Oeste), Mãe Baiana de Oyá, os terreiros de práticas de matriz africana enfrentam historicamente os problemas e questões ligados à saúde mental da população negra e da população em geral.
Ainda no que se refere aos espaços, o racismo religioso é um fator muito presente na sociedade brasileira e tenta sistematicamente impedir o culto à ancestralidade negra, tornando seus adeptos vítimas recorrentes do preconceito e da intolerância. Em 2007, foi sancionada a Lei nº 11.635, que tornou 21 de janeiro o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, em homenagem à Mãe Gilda, símbolo de um dos casos mais marcantes de preconceito religioso no país.
Memorial
O Ilê Axé Oyá Bagan é um terreiro tradicional de matriz africana, ponto de cultura e ponto de memória do Distrito Federal desde 2006. No ano de 2015, o espaço foi vítima de um atentado de racismo religioso, tendo seu barracão queimado. Após o ocorrido, o Ilê Axé Oyá Bagan foi transformado em um Memorial, a fim de preservar esta e outras memórias importantes do espaço.
Texto: R.O.
Edição: R.D.
Revisão: C.S.
Serviço
8° Encontro Inter-Religioso e Saúde Mental – Racismo Mata e Compromete a Saúde
Data: Domingo (21)
Horário: 9h às 18h
Local: Comunidade Tradicional de Terreiro Ylê Axé Oyá Bagan, Núcleo Rural Córrego do Tamanduá, Paranoá (DF)
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