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LIBERDADE RELIGIOSA
Em encontro inter-religioso, Iya Gilda destaca importância do respeito entre crenças e reforça combate à intolerância religiosa
(Foto: Ògan Luiz Alves/Projeto Oníbodê)
A coordenadora-geral de Promoção da Liberdade Religiosa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Iyá Gilda de Oxum, participou, nesse domingo (21), do 8º Encontro Inter-Religioso e Saúde Mental – Racismo Mata e Compromete a Saúde. O evento, promovido pelo terreiro Ilê Axé Oyá Bagan, um dos centros de resistência contra intolerância religiosa no Distrito Federal, foi realizado em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e o MDHC, e reuniu representantes de diversas denominações religiosas. Em 2023, o Disque 100 registrou aumento de 80% em casos de intolerância religiosa na comparação com 2022.
Na atividade, Iyá Gilda destacou a importância do respeito entre as religiões e enfatizou que a educação sobre intolerância religiosa deve acontecer independentemente do espaço e abranger todas as religiões. "Não conheço nenhuma criança que nasceu racista, preconceituosa, intolerante. Então, é dentro do seu lar que a gente começa a educar. São nas escolas que temos que fazer ações sobre educação. Falar sobre intolerância religiosa não é só falar sobre religiões de matriz africana. Todas as religiões passam por intolerância religiosa", apontou.
Integraram o encontro lideranças do candomblé, da umbanda, do catolicismo, da igreja evangélica, membros da Fé Baha'i e budistas, além de representantes da Iniciativa das Religiões Unidas (URI), entidade internacional que reúne congregações de todas as religiões e está presente em mais de cem países.
Participaram do encontro, ainda, dentre outras autoridades, a coordenadora-geral de Políticas para Comunidades Tradicionais do Ministério da Igualdade Racial, Eloá Silva de Moraes; e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass.
Mãe Baiana, responsável pelo terreiro Ilê Axé Oyá Bagan e pela organização do encontro, conclamou os presentes a repassarem adiante a mensagem da diversidade religiosa e do respeito. “Nossa comunidade, nosso corpo de terreiro, leva isso aí com fé, com força. E a gente vai ajudar, a gente vai combater esse racismo. Eu quero dizer que o racismo está fora de moda. Diga isso na sua rua, na sua comunidade, no seu WhatsApp, nas redes sociais. Racismo está fora de moda!”, reforçou a liderança.
Após as falas institucionais, os presentes participaram de um ato inter-religioso, momento em que os representantes amarraram fitinhas em uma árvore de Pau-Brasil e leram frases que reforçam o compromisso conjunto contra a intolerância religiosa. A árvore foi plantada como símbolo de resistência e de renovação. O terreiro Ilê Axé Oyá Bagan foi alvo de um incêndio em 2015, fruto de violência e intolerância religiosa. Desde então, os encontros e outras atividades são realizados no local, onde também foi construído um Museu, para reforçar a importância do combate à intolerância religiosa.
Disque 100
Canal gratuito e acessível, o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) pode ser acionado por ligação gratuita bastando discar 100; WhatsApp (61) 99611-0100; Telegram (digitar "direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo); site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em todas as plataformas as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para que o denunciante acompanhe o andamento da denúncia diretamente com o Disque 100.
Acesse o painel neste link: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh
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Texto: A.M.
Edição: R.D.
Revisão: C.S.
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