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MEMÓRIA E VERDADE
Criação de espaço de memória das comunidades quilombolas de Alcântara (MA) é discutida pelo MDHC durante visita ao município maranhense
Coordenadora-Geral de Memória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas no MDHC, Fernanda Thomaz integrou comitiva do governo federal no município maranhense
A criação de um espaço voltado à memória das comunidades quilombolas de Alcântara (MA) - como um museu, memorial ou espaço de referência - integrou as pautas da comitiva do governo federal nesta semana, composta pelo do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
Entre as agendas, a coordenadora-geral de Memória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas, Fernanda Thomaz, ouviu representantes de quatro movimentos que representam as comunidades quilombolas, com o intuito de dar início à formalização das parcerias voltadas à construção do espaço de memória.
A coordenadora-geral lembrou que o território é formado 155 comunidades quilombolas que sabem que precisam de um lugar de salvaguarda da memória. "A ideia é possibilitar ações em torno de uma política de memória e verdade. Vamos pensar nesse conjunto de ações e construir um projeto juntamente com eles. A ideia é que possamos formalizar isso, produzir uma parceria, inicialmente entre o MDHC, o MIR e o Iphan. Vamos convidar outros órgãos também", detalhou. As discussões foram realizadas no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alcântara, cujos representantes também participaram do encontro.Outra agenda realizada na região foi a visita à Casa do Saber, que fica na Comunidade Quilombola de Canelatiua. Além do MDHC, integraram a comitiva o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A coordenadora da Associação do Território Étnico Quilombola de Alcântara (ATEQUILA), Valdirene Ferreira Mendonça celebrou o diálogo iniciado com o governo "no sentido de criar o espaço de memória onde as comunidades quilombolas possam estar mostrando a sua verdadeira identidade, a sua cultura, não só aqui, mas no Maranhão, no Brasil e no mundo". "Esse encontro é um momento de suma importância para a gente estar trabalhando essa ação futura que já se inicia aqui", contou.
Coordenadora do Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe), Dorinete Moraes ressaltou a importância da agenda com o MDHC. "Ao longo do tempo, as comunidades de Alcântara vêm sofrendo violações de direitos. Quanto a essa questão da memória e verdade, ela precisa ser tratada, de fato, por tudo que aconteceu. É mais uma oportunidade de manter diálogo com o governo na tentativa de buscar soluções para problemas históricos da nossa comunidade", afirmou. Integrantes do Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Alcântara (MOMTRA) também participaram das discussões.
Diálogo
A visita da comitiva do governo federal nos dias 21 e 22 (quarta e quinta-feira) em Alcântara (MA) foi solicitada por integrantes de coletivos de Alcântara (MA), como o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe), a Atequila, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) e o Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais de Alcântara (Momtra).
Texto: R.O.
Edição: P.V.C.
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