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MEMÓRIA E VERDADE
Implantação do memorial na Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), tem mais uma etapa concluída
Iniciativa tem o apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), que já repassou para a Prefeitura do município o valor de R$ 1,4 milhão, por meio de convênio (Foto: Clarice Castro/MDHC)
O processo para a implantação e implementação do memorial no espaço conhecido como Casa da Morte, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, continua em andamento. A iniciativa tem o apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), que já repassou para a Prefeitura do município o valor de R$ 1,4 milhão, por meio de convênio. Durante o período da ditadura militar, o local foi cenário de uma série de violações de direitos humanos.
Integrante do MDHC, o chefe da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade (ADMV), Nilmário Miranda, ressalta a importância da iniciativa. “A transformação da Casa da Morte em um memorial não apenas honra a memória dos que ali passaram, como também colabora para que a cidade de Petrópolis continue sua caminhada compromissada com os valores democráticos”, pontua.
Histórico do imóvel
A coordenadora-geral de Políticas de Memória e Verdade da ADMV/MDHC, Paula Franco, enfatiza que o histórico do imóvel em Petrópolis só pôde ser descoberto em razão da sobrevivência de Inês Etienne Romeu. Militante, Inês foi sequestrada em 1971, quando a residência, cedida por seu então proprietário, foi utilizada como centro clandestino da repressão.
“Aqui na Assessoria, nos guiamos pela máxima de que, sem memória, não há futuro. Por isso, a transformação de um local de tamanha relevância histórica em um memorial representa mais um passo na construção de um amanhã pautado no fortalecimento da nossa democracia e no compromisso com o que nunca mais deve se repetir”, completa a representante do ministério.
Etapas
Os próximos passos para a concretização do memorial preveem a decisão judicial em prol da desapropriação e a efetivação de estudos posteriores para a implementação da instituição.
Saiba mais
No ano em que o golpe militar de 1964 completou 60 anos, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) atua em conjunto com instituições fluminenses para transformar a Casa da Morte, um centro de tortura, em memorial. Por meio de captação de recursos, o MDHC conta com a parceria do Ministério Público Federal (MPF) e a Prefeitura de Petrópolis a fim de solucionar o processo de desapropriação do imóvel, dando um passo fundamental para construção desse centro de memória.
Os recursos já foram transferidos à Prefeitura de Petrópolis via convênio, celebrado entre o MDHC e o poder executivo municipal. A partir desta ação, a Prefeitura deu início ao processo de desapropriação em janeiro deste ano, protocolando ação na 4ª Vara Cível da Comarca da região. O espaço será um símbolo para novas gerações, a fim de que crimes do Estado contra brasileiros não se repitam, por meio de esforço conjunto entre governo e sociedade civil.
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Texto: R.O.
Edição: F.T.
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