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REFUGIADOS
Entregue ao Brasil, prêmio da ONU reconhece iniciativas voltadas às pessoas refugiadas
Macaé Evaristo celebrou a homenageada, além de dar destaque à urgência de promover a paz mundial e enfrentar a crise climática (Foto: Daniela Pinheiro/MDHC)
O Prêmio Nansen 2024 foi entregue à Irmã Rosita Milesi, nesta segunda-feira (9), na capital federal. O evento foi uma iniciativa da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) em parceria com o governo brasileiro. Participante da agenda, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Macaé Evaristo, celebrou a homenageada, além de dar destaque à urgência de promover a paz mundial e enfrentar a crise climática a fim de evitar as principais causas de deslocamentos no mundo.
“Essa premiação é importante, primeiro, porque reconhece o trabalho de pessoas no mundo inteiro que atuam na defesa das populações que são deslocadas, refugiadas. Para nós, o Brasil, é uma honra poder ter uma brasileira recebendo esse prêmio, o que também nos orienta na construção da nossa agenda e da nossa política”, afirmou a ministra.
Ainda de acordo com a titular do MDHC, o Brasil é um Estado que acolhe e que sempre teve uma posição emancipatória em relação às populações deslocadas e refugiadas. “O Brasil trabalha para que possamos ter, cada vez mais, uma cultura de paz no mundo, porque uma parte grande desse deslocamento é em função de guerras. Outra pauta tão importante quanto, que provoca inúmeros deslocamentos, é a crise climática. Então, por isso, essa agenda é tão fundamental para nós”, acrescentou Macaé.
Premiação
Homenageada em nível global, Irmã Rosita Milesi agradeceu aos presentes e às pessoas refugiadas que passaram pela caminhada que, segundo ela, muito além de pessoal, também é coletiva e de muitas pessoas e instituições. “São também protagonistas dessa história todos aqueles que emprestaram seu tempo, esforços, apoio em tantas comunidades ao longo dos meus quase 40 anos de atuação”, afirmou.
“Obrigada a todos e todas. Nesta trajetória, posso afirmar que cada pessoa, família, ou amigo, com toda certeza, deu a mim muito mais do que de mim recebeu. As histórias de vida que conheci muito me ensinaram”, completou ao destacar a importância de enfrentar a invisibilidade que afeta as pessoas refugiadas.
Saiba mais
O Prêmio Nansen foi criado em 1954 e recebeu este nome em homenagem aos trabalhos do humanitário, cientista, explorador e diplomata norueguês Fridtjof Nansen, que serviu como primeiro Alto Comissário para Refugiados da Liga das Nações. Trata-se de uma premiação que reconhece e celebra os trabalhos de indivíduos, grupos ou organizações prestados aos refugiados, homenageando quem dedicou seu tempo e fez a diferença na tarefa de proteger pessoas deslocadas à força de suas casas. Além da premiação global, desde 2017, também, são reconhecidos vencedores regionais por seus esforços humanitários.
Mulheres
Em caráter inédito, o ano de 2024 marca o reconhecimento da atuação de mulheres no contexto humanitário, destacando seu papel crucial na busca de soluções para que as pessoas deslocadas de forma forçada em todo o mundo estejam protegidas e integradas nas comunidades de acolhida.Cinco mulheres pioneiras – uma religiosa, uma ativista, uma empreendedora social, uma trabalhadora humanitária voluntária e uma defensora pelo fim da apatridia – são homenageadas como vencedoras do Prêmio Nansen do ACNUR 2024, da Agência da ONU para Refugiados.
A Irmã Rosita Milesi é a laureada global em 2024. Ela é brasileira, advogada, ativista social e líder de movimentos que têm defendido os direitos e a dignidade das pessoas em deslocamentos por quase 40 anos. Ela é a segunda brasileira a ganhar o prêmio, já que o o ex-arcebispo de São Paulo dom Evaristo Arns foi premiado no ano 1985.
São vencedoras regionais em 2024: na África, Maimouna Ba; na Ásia e Pacífico, Deepti Gurung; na Europa, Jin Davod; e no Oriente Médio e Norte da África, Nada Fadol.
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Texto: R.O. com informações da Acnur
Edição: F.T.
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