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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Treinamentos de cães-guia poderão ser fortalecidos com novos investimentos
Centros de formação de treinadores de cães-guia têm como missão possibilitar a melhoria de vida das pessoas com deficiência visual
A Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) articula a reestruturação do centro de treinamento de cães-guia do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) de Urutaí (GO). Somente em 2023, o MDHC destinou investimentos de R$ 197 mil para a manutenção do projeto e a formação de profissionais. A ampliação do espaço foi discutida, na última quarta-feira (17/4), durante reunião entre o diretor de Relações Institucionais da SNDPD, Antônio José Ferreira, e representantes da instituição de ensino.
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Resultado da primeira versão do Plano Viver sem Limite, instituída em 2011, a estrutura instalada na cidade goiana desde o ano de 2019 tem a missão de formar novos instrutores de cães-guia, além de treinar e fornecer os animais como ferramenta de inclusão para as pessoas com deficiência visual ou baixa visão.
No campus do IF Goiano de Urutaí, o programa conta com uma área de 11 mil metros quadrados e estrutura física composta por clínica veterinária, canil de socialização, canil de treinamento e centro de convivência com capacidade para 10 leitos destinados aos deficientes visuais.
"Antes da primeira versão do Viver sem Limite [Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência], o Brasil não contava com nenhuma formação pública na área. Além do município goiano, institutos federais de Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Sergipe e Amazonas receberam os centros", explicou Antônio José durante a audiência. "Avançamos, mas agora precisamos articular a destinação de investimentos para a manutenção e ampliação desse serviço", acrescentou.Durante a reunião, ocorrida na sede da SNDPD, em Brasília, o pró-reitor de Desenvolvimento Institucional do IF Goiano, Gilson Dourado, destacou a importância social do projeto. "O Programa Cão Guia tem um papel social importante e temos uma estrutura única no Brasil. No fim do ano passado, para se ter uma ideia, entregamos sete cães-guias que estão garantindo que deficientes visuais ampliem a sua capacidade de mobilidade com a companhia dos animais", explicou.
A proposta, agora, é buscar investimentos em outros ministérios e o reforço de emendas parlamentares. A reunião de trabalho contou, também, com a presença do diretor-geral do IF Goiano campus Urutaí, Paulo César da Cunha; e do coordenador do Programa Cão Guia do município, o zootecnista Brunno Naves.
Formação de um cão-guia
O tempo de formação de um cão-guia é de aproximadamente 2 anos, uma vez que ele passa pela etapa de socialização e, somente após esse período, é direcionado para o treinamento, explicou o zootecnista Brunno Naves. "Por isso, a necessidade de se garantir investimentos para o programa, que precisa ser encarado como um mecanismo de tecnologia assistiva que garante a inclusão das pessoas com deficiência em todo território nacional", disse o especialista na reunião.
O processo de formação de um cão guia é composto pelas seguintes etapas: socialização, treinamento e adaptação. A socialização é a primeira etapa e, nesta fase, o animal é colocado sob a responsabilidade de uma família socializadora, que se disponibiliza para contribuir com o desenvolvimento de um cão-guia filhote durante os 15 meses seguintes. Após a etapa de socialização, o cão retorna para o IF Goiano, onde é treinado pelo período de 4 a 6 meses.
Texto: T.A.
Edição: P.V.C.
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