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HISTÓRIA E LITERATURA
Silvio Almeida destaca trajetória de Luiz Gama
Foto: Isabel Carvalho/Ascom MDHC
Escrita pelo historiador Bruno Rodrigues de Lima, a obra denominada “Luiz Gama contra o Império: a luta pelo direito no Brasil da escravidão” tem o prefácio do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. Ele participou do lançamento da publicação nessa segunda-feira (15) na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
No evento, Almeida trouxe alguns pontos para ele considerados novos nas obras sobre Luiz Gama. “O livro tem entre os seus méritos um que considero especial, ele conta a trajetória de Luiz Gama tendo como fio o direito. Isso não tinha sido feito ainda, pelo menos não tinha sido feito de maneira mais global”, apontou.
“O fato de Bruno ter escolhido este ponto de vista para discutir a trajetória de Luiz Gama deu um grande resultado não só porque evidenciou as contribuições que o abolicionista deu para o direito, mas também porque iluminou as coisas de um ângulo novo”, continuou o ministro.
Citação
Na oportunidade, o ministro agradeceu ao autor pela utilização de um artigo de sua autoria sobre o cenário dos tempos de escravidão no Brasil. “Fiquei muito feliz com o uso do artigo que escrevi com o meu amigo Júlio César Vellozo - O Pacto de Todos contra os Escravos no Brasil Imperial. Bruno, generosamente, trabalha com essa ideia que apresentamos ali de que havia um grande pacto que envolvia pobres, remediados, ricos - todos eles proprietários de escravos. E que este pacto criava uma inclusão ampla e, como um reverso dessa moeda, uma exclusão imensa”, pontuou Silvio Almeida.
Prêmio Luiz Gama de Direitos Humanos
Uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, a premiação visa reconhecer trabalhos e ações que mereçam destaque especial nas áreas de promoção e defesa dos direitos humanos no país. O prêmio será concedido em 20 categorias e segue com inscrições abertas.
Saiba mais sobre a premiação, cujas inscrições ainda estão abertas
Quem foi Luiz Gama?
Nascido em 1830 no estado da Bahia, Luiz Gama era filho de um português com Luiza Mahin, reconhecida mulher negra que participou de diversas insurreições de escravizados. Apesar de ser livre, foi vendido pelo pai como escravizado para pagar uma dívida de jogo. Aos 18 anos fugiu e, em 1850, passou a ouvir as aulas do curso de direito da atual Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Passou, então, a atuar na defesa jurídica de negros escravizados. Foi jornalista, escritor, poeta e líder abolicionista brasileiro. Conhecido pela oratória brilhante, foi responsável por libertar mais de 500 escravizados nos tribunais do Brasil. Luiz Gama faleceu em 24 de agosto de 1882.
Texto: T.P.
Edição: B.N.
Revisão: A.O.
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