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DIÁLOGO INTERNACIONAL
Comitiva dos Direitos Humanos articula, em Genebra, iniciativas para desenvolvimento sustentável de afrodescendentes
A secretária Rita Oliveira foi recebida pela presidente do Fórum, June Soomer (Foto: Marcella Garcia - Ascom/MDHC)
A secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Rita Oliveira, foi recebida pela presidente do Fórum Permanente sobre Pessoas Afrodescendentes, June Soomer, como parte de uma extensa agenda de reuniões bilaterais e painéis que marcaram o segundo dia do evento, nesta quarta-feira (17), no Palais des Nations, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça.
June Soomer disse conhecer bem a história do Brasil e se mostrou muito entusiasmada com a participação mais expressiva do nosso país no Fórum. Na conversa com Rita Oliveira, a presidente do colegiado se comprometeu a promover mais debates com brasileiros sobre pautas de interesse comum, principalmente, para articulação de iniciativas importantes para a população afrodescendente.
Para a secretária do MDHC, a reunião com a presidente do Fórum e os demais encontros bilaterais realizados ao longo do dia foram fundamentais para fortalecer a política de memória, verdade e defesa da democracia, no campo da promoção da justiça de reparação, “que se casam muito bem com a agenda da proposta de uma segunda década afrodescendente”, avaliou Rita Oliveira.
A gestora esteve ainda em mais duas reuniões bilaterais: uma com representantes da ONG Centre Europe -Tiers Monde (CETIM), sobre direitos de desenvolvimento. Outra com a co-fundadora do “The Descendants Project”, Joy Banner, que trabalha políticas de memória comunitária nos EUA.
“Nós conversamos com estudiosos que tratam do tema do direito ao desenvolvimento e do desenvolvimento sustentável. Também conhecemos uma iniciativa da sociedade civil que trabalha política de memória comunitária nos Estados Unidos. Ao final do dia, nos reunimos com a presidente do Fórum, que traz no seu histórico uma bagagem muito grande desse tema”, relatou a secretária ao fazer um balanço das reuniões.
Reparação
A programação desta quarta incluiu um painel sobre “Reparações, Desenvolvimento Sustentável e Justiça Econômica”, no qual pessoas do mundo inteiro puderam discutir o que está acontecendo com as pessoas de ascendência africana, no Caribe e demais países, que estão sofrem com as crescentes catástrofes ambientais, desigualdade econômica estrutural e falta de soberania e autodeterminação nos assuntos internacionais.
As discussões abordaram histórias e legados do colonialismo, da escravização, do racismo sistêmico e estrutural, das dificuldades socioeconômicas e do desenvolvimento sustentável. Foram debatidas ainda modalidades de reparação e a justiça restaurativa.
O painel também se aprofundou nas disparidades de acesso a meios tecnológicos e digitais, nos obstáculos atuais ao desenvolvimento econômico, bem como nas iniciativas comunitárias para a inclusão econômica sustentável, em um esforço para compartilhar boas práticas e propor soluções sustentáveis.
Fórum
O evento começou na terça-feira (16) e vai até esta sexta-feira (19) com o objetivo de discutir temas importantes para a população afrodescendente no mundo, incentivar e valorizar a participação de organizações da sociedade civil e pessoas defensoras de direitos humanos.
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Texto: C.M.
Edição: B.N.
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