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MEMÓRIA E VERDADE
Silvio Almeida participa da abertura de exposição fotográfica sobre os 50 anos do golpe de Estado no Chile: “não há memória sem justiça”
Os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, e dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, posam com o fotojornalista Evandro Teixeira (Foto: Ruy Conde - Ascom/MDHC)
A abertura da exposição fotográfica "Evandro Teixeira Fotoperiodismo y Dictadura - Brasil 1964/Chile 1973” contou com a participação do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, nesse domingo (10). A mostra reúne momentos da resistência à ditadura militar no Chile, com registros que incluem a morte do poeta vencedor de um Prêmio Nobel e diplomata Pablo Neruda, importante opositor ao regime ditatorial. Com a inauguração, cerca de 40 fotos estão à mostra no Museu da Memória e dos Direitos Humanos, em Santiago, na capital chilena.
Durante a solenidade, o ministro ressaltou que as imagens históricas registradas pelo fotojornalista brasileiro Evandro Teixeira mostram que, mesmo nas situações mais difíceis, é possível ter esperança e acreditar no futuro. “[Esse] trabalho abre a dimensão da memória, que se relaciona com a necessidade da justiça. Não há memória sem justiça e vice-versa. Memória e justiça devem ser acompanhadas pela busca incessante da verdade. É nosso papel aqui dizer 'nunca mais' a todo o momento, porque a todo momento o fascismo nos ronda”, afirmou.
“Hoje nós estamos nos lembrando conjuntamente de um evento trágico e ressignificando. Isso me deixa emocionado e ativa todo o senso de responsabilidade que tenho para com o meu país e para com a América Latina. Aqui nós entendemos o papel dos lugares de memória e o que significa pensar a questão dos direitos humanos a partir do contexto histórico da América Latina. Nesse sentido, eu gostaria de destacar a importância política desse trabalho na promoção dos direitos humanos, na realização das políticas de transformação da vida das pessoas e como caminho que nos leva em direção ao futuro”, completou Silvio Almeida.
Na ocasião, o gestor ressaltou também a importância da cooperação entre os países latino-americanos. “Nós somos definidos pelas tragédias do nosso continente, da nossa região, mas também somos definidos por uma vontade de superação, de luta, de transformação que só entende aqueles que de fato mergulham na alma do povo latino-americano”, disse ao enfatizar o contexto histórico da região.
Pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), também esteve presente o assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade, Nilmário Miranda.
Parceria
A ida da mostra de fotos de Evandro Teixeira a Santiago resulta de parceria entre o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Cultura e o Instituto Moreira Salles. Essa é considerada a maior atividade promovida pelo governo brasileiro nos 50 anos do golpe de Estado de 1973, no Chile.
Em 11 de setembro de 1973, um golpe de Estado protagonizado por militares comandados pelo general Augusto Pinochet derrubou o governo socialista de Salvador Allende e instaurou uma ditadura que durou até 1990. Evandro viajou ao país em setembro de 1973, no dia seguinte ao golpe militar do dia 11 que levou à morte do presidente eleito Salvador Allende. O fotógrafo foi como correspondente do Jornal do Brasil, acompanhado pelo repórter Paulo Cesar de Araújo.
Serviço
A exposição ficará aberta até 15 de outubro, com visitação franqueada ao público de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.
(Com informações da Agência Brasil)
Texto : R.O.
Edição : R.D.
Revisão : A.O.
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