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DIÁLOGO
Ministro Silvio Almeida recebe a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
(Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, se reuniu nesta sexta-feira (15) representantes da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ). Ao receber demandados do grupo pela proteção e garantia de diretos de comunidades quilombolas do Brasil, o ministro ressaltou o compromisso do governo federal com o tema.
“Estamos envidando esforços para que casos como o de Mãe Bernadete não se repita. É essencial criarmos mecanismos para garantir a segurança pessoal das comunidades tradicionais. Por isso estamos aqui reunidos, hoje, para ouvir vocês e, a partir disso, planejarmos estratégias para a manutenção dos direitos humanos nesses locais”, explicou.
O ministro destacou, ainda, o diálogo constante com o Ministérios da Igualdade Racial; o Ministério da Justiça e Segurança Pública; e a sociedade civil. Também participaram do encontro a secretária-executiva do MDHC, Rita Oliveira; a secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos, Isadora Brandão, o coordenador Nacional da CONAQ, José Maximino da Silva; além de outros representantes da coordenação.
Mãe Bernadete
O encontro também contou com a presença do filho da líder quilombola Mãe Bernadete, o gestor cultural e liderança do Quilombo Pitanga de Palmares, Jurandir Wellington Pacífico, que na próxima terça-feira irá lançar o “Instituto Mãe Bernadete”, que terá o objetivo de promover cultura, esporte, lazer e entretenimento para os quilombos. “Meu objetivo com o instituto é manter o legado da minha mãe vivo, forte e firme. Para isso, conto com a ajuda de todos. Nunca vamos desistir”, enfatizou.
No dia 17 de agosto deste ano de 2023, a líder quilombola e iyalorixá Mãe Maria Bernadete Pacífico Moreira foi brutalmente assassinada. Ela foi líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, uma das dirigentes da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial da cidade de Simões Filho, na Bahia.
Morta em seu terreiro, Mãe Bernadete foi vítima de racismo religioso e do racismo ambiental, haja vista a disputa fundiária entre o quilombo e proprietários rurais da região. O enredo da morte de Mãe Bernadete reproduz, dentre tantas outras, a história de seu filho Flávio Gabriel dos Santos (Binho do Quilombo), assassinado em 2017.
Edição: R.D.
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