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DHS E SAÚDE
Em visita ao Hospital Regional de Ceilândia, ministra substituta do MDHC propõe projeto-piloto na prevenção ao HIV/Aids em grupos vulnerabilizados
(Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
A ministra substituta dos Direitos Humanos e da Cidadania, Rita Oliveira, conheceu a estrutura de atendimento a pessoas que convivem com o HIV/Aids na Policlínica II do Hospital Regional da Ceilândia (DF), nesta quarta-feira (6). Durante a visita, a gestora propôs projeto-piloto a ser desenvolvido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Ministério da Saúde (MS), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). A iniciativa visa democratizar o acesso à Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para atender públicos como pessoas em restrição de liberdade.
“Um acordo que estamos construindo com o Unaids tem um eixo voltado à prevenção do HIV. Quando eles nos falaram dessa iniciativa de disponibilização do PrEP de forma gratuita e acessível, casou muito com os objetivos que nós temos de democratizar o acesso à prevenção do HIV para grupos vulnerabilizados. Queremos conhecer e nos inspirar nessa iniciativa para replicar em outros espaços, em especial no sistema prisional, que nós entendemos que tem uma vulnerabilidade grande e essa dificuldade de acesso”, afirmou a ministra substituta do MDHC.
Na agenda, Rita Oliveira ressaltou que o projeto-piloto será inicialmente desenvolvido pela Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do MDHC, sob a gestão da secretária nacional Symmy Larrat. “Queremos ter esse olhar mais holístico mesmo para enfrentar o problema do acesso especialmente para as populações mais vulnerabilizadas. Ajuda muito o fato de vocês já terem essa expertise e, além de tudo, essa vontade de implementar isso para as populações que têm mais dificuldade de acesso. Essa vontade política e administrativa faz toda a diferença para esse projeto dar certo”, observou a ministra.
Direitos humanos
No âmbito das ações, a secretária Symmy Larrat afirmou que é importante entender que a pauta de IST/Aids é também uma pauta de direitos humanos. “Parte do que as pessoas mais vulnerabilizadas vivem é resultante do estigma e do preconceito que nós temos que combater de todas as formas para que essas pessoas possam acessar os seus direitos humanos na sua completude e na sua integralidade”, disse.
“É isso que nos inspira a pensar quais as conexões e investimentos que nós vamos ter no próximo período para unir esforços de governo em uma experiência que pense o acesso à saúde e ao cuidado. Esse cuidado como um bem-estar na sua integralidade, com o direito à cultura, à educação, um direito a toda a cidadania”, acrescentou Symmy.
Melhorias
Médico infectologista na Policlínica II e um dos responsáveis pelas melhorias estruturais e no atendimento humanizado, Lino Neves contextualizou medidas tomadas recentemente, como a recepção separada de outros pacientes do hospital para evitar preconceitos e estigmas que já afetam essas pessoas. Na ocasião, o profissional de saúde deu destaque também para critérios de atendimento utilizados, como abandono (pessoas com mais de 100 dias sem pegar a medicação), imunidade baixa e primeira vez.
“Nossa equipe conta com dois infectologistas, duas enfermeiras, técnicas de enfermagem, uma assistente social e uma psicóloga para atender também as pessoas que enfrentam dificuldades financeiras e socioeconômicas. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) deve ser acessível não apenas a pessoas que utilizam o sistema privado. Mesmo com equipe reduzida, fazemos todo o possível para atender pessoas vivendo com HIV e implementar a PrEP”, contou o médico.
Diretora de Atenção Secundária na região, a médica neurologista Karla Fabiane Soares lembrou que Ceilândia atende pessoas de locais como o Sol Nascente, considerada a maior favela do Brasil, de Brazlândia e de municípios goianos do entorno do DF. “Fazemos todo o possível para acolher da melhor. Dá para nascer daqui várias iniciativas que têm o apoio tanto da direção quanto da Superintendência da Secretaria de Saúde. Estamos abertos para acolher populações como jovens e todas as outras”, enfatizou a gestora.
Durante o encontro, também foram detalhadas situações que afetam mulheres trans, população negra, pessoas da periferia e outros grupos, além do destaque para a importância da atuação em parceria com lideranças comunitárias e a sociedade civil organizada no intuito de ampliar a divulgação de informações sobre a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para essas pessoas mais vulnerabilizadas e aumentar o acesso a este direito.
A agenda também contou com a participação de representantes do Ministério da Saúde (MS), da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
Texto: R.O.
Edição: R.D.
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