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LUTA ANTIRRACISTA
“O racismo não tem graça, o racismo é uma violência”, enfatiza Rita Oliveira durante seminário promovido pelo CNDH em Brasília
Rita Oliveira destaca que o crime de racismo exige responsabilização de quem o pratica independentemente do ambiente em que é deflagrado (Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
A secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Rita Oliveira, participou nesta quarta-feira (13) do seminário ‘Racismo no Esporte: uma Violação de Direitos Humanos’. Integrando a mesa de abertura, a gestora defendeu a responsabilização eficaz de qualquer pessoa que cometa o crime de racismo e enfatizou que não há graça nessa conduta.
“O racismo não tem graça, o racismo é uma violência, não é uma brincadeira e, portanto, todas as pessoas que praticarem o racismo em qualquer ambiente, ainda que seja um ambiente de descontração, tem que ser responsabilizada”, defendeu a secretária.
“Aquelas pessoas que são passíveis, por suas características físicas, de passar por esse tipo de violência, elas têm o pleno direito, como todas as outras pessoas, de estarem naquele ambiente de descontração, com liberdade, com sua dignidade e sua capacidade de desempenho protegidas”, pontuou Rita Oliveira.
Racismo no esporte
A iniciativa foi organizada e promovida pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), colegiado vinculado ao MDHC, em parceria com a Comissão Permanente de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, da População LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos), Promoção da Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo.
O presidente do CNDH, André Carneiro Leão, pontuou que a realização do seminário tinha como objetivo trazer à tona a discussão sobre o racismo no esporte. “Convocamos esse seminário para dizer basta ao racismo no esporte. Chegamos em 2023 e depois de 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, depois de 35 anos da Constituição da República, ainda enfrentamos, também no esporte, o resultado cruel desse racismo estrutural que perpassa todas as instâncias e todos os espaços sociais do nosso país”, apontou.
O evento contou também com representantes dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Igualdade Racial, do Esporte, além da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da delegação da União Europeia no Brasil.
Confira aqui a íntegra do seminário
Números
De acordo com levantamento realizado pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol, por exemplo, a Copa Libertadores da América e a Copa Sul-Americana, organizadas pela Confederação Sul-Americana de Futebol, registraram 18 queixas de racismo somente em 2023, um aumento de 50% em relação ao ano passado quando ocorreram 12 registros.
Texto : T.P.
Edição : R.D.
Revisão : A.O.
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