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PESSOA IDOSA
“A saúde, antes de tudo, é um direito”, afirma secretário Alexandre da Silva em evento da OPAS/OMS
O secretário Alexandre da Silva em momento de fala transmitida ao vivo pelo canal do DATASUS
Nessa quarta-feira (18), o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, participou da mesa de abertura do evento “Década do Envelhecimento Saudável: O Brasil que temos, e os aportes necessários para avançarmos no Brasil que queremos”. A atividade ocorreu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil.
Na oportunidade, o gestor aproveitou a oportunidade para provocar uma reflexão por meio de questões que envolvem realidades plurais e regiões geográficas diferentes, além da questão de envelhecer com dignidade. “Quem chega e quem não chega aos 60 anos de idade no nosso país? Quem chega aos 80 anos? Quem precisa chegar aos 60 anos com dignidade?”, questionou.
Ao falar sobre a saúde dentro das políticas do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Alexandre da Silva afirmou que a saúde, antes de tudo, é um direito. “A gente não pode perder esse norteador. A saúde é um direito garantido desde a nossa Constituição Federal e pelos marcos normativos voltados para as pessoas idosas, a política nacional, o Estatuto e, mais recentemente, a convenção interamericana. Então esse é um ponto que não dá para a gente negociar”, ressaltou.
Além disso, Silva destacou a saúde como um dos pilares do envelhecimento ativo e saudável, além da aprendizagem, da educação ao longo da vida, da participação social, das seguranças e do cuidado, este último transversalizando todos os outros pilares.
O evento, que durou dois dias, além das mesas temáticas, contou com painéis e debates relacionados a estudos científicos, estratégias integradas de cuidado e saúde, envelhecimento populacional, panoramas e perspectivas para o fortalecimento de políticas públicas e parcerias. O objetivo foi contribuir para o fortalecimento da Década de Envelhecimento Saudável no Brasil (2021-2030) e para a atualização da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.
Integração intersetorial
O secretário do MDHC destacou a importância da década de envelhecimento saudável apontando as ações transversais que fomentam políticas públicas. “Uma integração intersetorial pensando as pessoas idosas, nas famílias e nas comunidades tem muito do que a gente enquanto governo tem pensado. Essa importância nós damos, porque o cuidado é isso”, frisou.
Nesse sentido, Alexandre da Silva salientou outros aspectos como renda e a sobrecarga de quem cuida. “Há uma questão de renda bastante preocupante. Quando falamos do cuidado, temos que pensar quais os cuidados, quais os instrumentos, quais equipamentos, quais as formas que esses cuidados estarão à disposição dessas pessoas idosas. Considerar o tamanho das famílias também, pois cada vez mais ela vem reduzindo e isso impacta na sobrecarga da pessoa que está cuidando”, alertou.
Em sua fala, o gestor enfatizou, ainda, a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). “Eu sempre serei um dos maiores defensores do SUS, porque é a partir do SUS e do SUAS que nós temos hoje essa situação do aumento da população idosa. Essa longevidade só é possível porque nós temos hoje essas duas políticas que garantem que nós possamos envelhecer e viver mais tempo”, reconheceu o secretário.
Antes de finalizar, o secretário apresentou dois programas da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa: o Envelhecer nos Territórios e o Viva Mais Cidadania. O primeiro tem como proposta criar um loco de direitos humanos nos municípios, enquanto o segundo está alinhado com o artigo 5º da convenção interamericana que trata dos grupos específicos de pessoas idosas: lésbicas, gays e travestis, indígenas, ciganas, quilombolas, em situação de rua, entre outros.
Também estiveram presentes na mesa de abertura o diretor do Departamento de Gestão do Cuidado Integral da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Marcos Vinícius Soares Pedrosa; a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Alda Maria da Cruz; o secretário substituto da Secretaria de Atenção Especializada, Aristides Neto; a secretária nacional de Cuidados e Família do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Laís Abramo; a representante da Organização Pan-Americana da Saúde, Socorro Gross; o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha; e o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes.
Assista à íntegra da atividade
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Texto: N.L.
Edição: R.D.
Revisão: A.O.
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