Notícias
PESSOAS IDOSAS
Em webinário, secretário Alexandre da Silva discute envelhecimento com enfoque racial
Participação do secretário Alexandre da Silva no seminário promovido pelo MIR em parceria com a Enap. (Imagem: Reprodução)
O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, participou nesta sexta-feira (17) do seminário virtual “De geração em geração: diálogos sobre a política de igualdade racial”, promovido pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), que teve como objetivo traçar um panorama e compreender as condições de cada geração da população negra no Brasil.
Participante do terceiro dia do evento, o secretário abordou em sua fala o tema “Envelhecimento a partir de uma perspectiva racial e de gênero” e ressaltou a preocupação das pessoas com o envelhecimento. “A gente está muito habituado a falar de várias fases da vida, a entender que são fases que são alcançadas, mas quando chega no envelhecimento, a gente fica um pouco preocupado, achando que as coisas não estão tão boas. Mas muito pelo contrário, ficar velho é isso, ficar velho é ter oportunidade, ficar velho é ter história, ficar velho é você criar propósitos de vida”, enfatizou.
Alexandre destacou ainda a importância de reconhecer as diversas experiências de envelhecimento enfrentadas por diferentes grupos raciais. “Quando a gente vai discutir a população negra que, em geral, constitui 56% da nossa população no geral. Mas quando fazemos o recorte de uma pessoa negra e idosa a partir dos 60 anos, os 56% viram 48%. Então alguma coisa está errada aí, porque ninguém desaparece da noite para o dia. A gente tem que compreender por que é que essa redução ocorre”, ressaltou.
“Uma das explicações mais abrangente, para a gente compreender isso, é quando a gente olha a trajetória de vida das pessoas negras desde o nascimento, ou melhor, antes de nascer. Os dados sobre mortalidade materna, sobre condições de pré-natal, a gente observa que muitas pessoas negras já começam a sentir o impacto de algum tipo de discriminação, já dentro do ventre da sua mãe e isso vai continuando ao longo da vida”, explicou.
Ações do MDHC
Ainda em sua fala, o secretário discorreu sobre as ações desenvolvidas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), no âmbito da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, como o Programa Envelhecer nos Territórios e o Edital Viva Mais Periferia, a ampliação do conselho de direitos e da transversalidade do tema. “Nossa secretaria já vem com essa perspectiva ética racial e com um olhar também interseccional, preocupado também com a intersetorialidade”, explicou.
“Nossos programas já conseguem, desde o início, contemplar pessoas negras, pessoas indígenas, pessoas ribeirinhas, enfim, população LGBTQIA+, pessoas em situação de rua, porque a gente já compreende que pensar a população idosa é pensar a sua diversidade e também as suas desigualdades”, destacou o gestor.
Além do secretário, participaram do evento a diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação do Ministério da Igualdade Racial, Tatiana Dias da Silva; a coordenadora-geral da Organização Ação de Mulheres pela Equidade, Damiana Neto; e a coordenadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ana Amélia Camarano, que mediou o encontro.
Leia também:
Texto: E.G.
Edição: R.D.
Revisão: A.O.
Para dúvidas e mais informações:
imprensa@mdh.gov.br
Atendimento exclusivo à imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDHC
(61) 2027-3538
(61) 9558-9277 - WhatsApp exclusivo para relacionamento com a imprensa