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POSICIONAMENTO
Ministro Silvio Almeida diz que sistema judicial brasileiro tem oportunidade de ser exemplo global no enfrentamento ao racismo
Gestor foi acompanhar de perto sessão do Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (8/3) (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, acompanhou nesta quarta-feira (8), no Supremo Tribunal Federal (STF), sessão que julga a validade de provas obtidas em abordagens policiais motivadas unicamente por questões raciais. Para o ministro, o STF tem a oportunidade de colocar o Brasil em um “outro patamar” diante das discussões relacionados ao racismo.
“A depender da decisão final do STF, o sistema de justiça brasileiro terá a possibilidade de discutir como o sistema político e jurídico constrói as distinções raciais a partir de parâmetros renovadores, esperançosos e, de fato, será um debate importante no que diz respeito à questão racial no Brasil”, pontuou.
Silvio Almeida destacou ainda que é importante observar como o racismo estrutural afeta as práticas do sistema de justiça criminal. “Esse julgamento pode colocar o STF na dianteira principalmente quando comparado a sistemas de justiça de outros países”, ressaltou o ministro.
Contexto do caso
A tese que pode ser aprovada pelo STF partiu do julgamento do processo que envolve o caso de um homem pego com 1,5 gramas de entorpecentes mantido preso por, entre outras provas produzidas pela Defensoria Pública, uma busca pessoal baseada em "filtragem racial".
Esse foi o segundo dia de julgamento da ação, mas foi suspensa pelo o ministro Luiz Fux por um pedido de vista, com o objetivo de ter mais tempo para análise do caso. Fux definiu que o caso retoma para votação na próxima quarta-feira (15). O STF iniciou o julgamento da na quarta-feira, 1º de março.
O resultado não obriga os demais tribunais a adotarem a mesma posição, mas pode servir como jurisprudência para casos semelhantes que cheguem ao Supremo a partir da decisão.
No dia 11 de janeiro de 2023, o Brasil equiparou a injúria racial ao crime de racismo . O texto aprovado pelo Congresso Nacional foi inspirado em um anteprojeto redigido pela Comissão de Juristas de Combate ao Racismo, instituída pela Câmara dos Deputados. O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e a secretária-executiva, Rita Oliveira, fizeram parte da comissão que discutiu o projeto que agora é lei, válida em todo território nacional.
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