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MEMÓRIA E REPARAÇÃO
Ministro Silvio Almeida defende reparação do Estado brasileiro com religiões de matriz africana
Solenidade marcou o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, celebrado nesta terça (21) (Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
Em discurso na sessão solene da Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, celebrado nesta terça-feira (21), o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou que a data é um gesto de respeito e reconhecimento à memória do povo africano.
“É o início de uma reparação importante, uma vez que o Estado brasileiro reconhece o seu débito e a sua dívida com as religiões de matriz africana e com o povo negro brasileiro, independentemente da religião que professa”, afirmou, completando que a data é, também, uma celebração da laicidade brasileira.
“A nossa existência, a nossa liberdade e a nossa multiplicidade nacional só podem ter vez e voz no estado laico, capaz de acolher todos aqueles que creem e não creem”, observou Silvio Almeida.
O Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé foi estabelecido pela Lei Federal 14.519/23, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 6 de janeiro de 2023. A proposta que originou a lei é de autoria do deputado federal Vicentinho (PT-SP), também autor do requerimento da sessão na Câmara, junto à deputada Erika Kokay (PT-DF).
“O importante é que o Brasil está percebendo que o Candomblé e as religiões de matriz africana, que estão além do Candomblé, são tão importantes quanto qualquer uma outra religião”, ressaltou Vicentinho.
A solenidade contou, ainda, com a presença do rei de Ifé, cidade que é berço da etnia iorubá na Nigéria, a majestade Adéyeye Ènìtán. Em pronunciamento, o rei declarou estar muito feliz de o Brasil ter criado uma lei para celebrar a religião de matriz africana. “Nós precisamos curar e esquecer o passado. Vamos deixar as nossas diferenças para trás e nos unir como uma família única”, declarou.
Também participaram da sessão solene representantes do Ministério da Igualdade Racial, como a coordenadora-geral de Políticas para Comunidades Tradicionais, Eloa Silva de Moraes; além de parlamentares e líderes religiosos de matriz africana.
O ministro Silvio Almeida com o rei de Ifé (Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
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