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PROTAGONISMO
Cerimônia do MDHC celebra o protagonismo e dignidade das pessoas com Síndrome de Down no Brasil
Governo federal, pessoas com Down, familiares e ativistas participam da solenidade na Esplanada dos Ministérios. (Foto: Clarice Castro – Ascom/MDHC)
A importância de direitos igualitários, o bem-estar e a inclusão foram destaques na cerimônia “Protagonismo e Dignidade das Pessoas com Síndrome de Down no Brasil", nesta quarta-feira (24), em Brasília (DF). Promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o evento fez alusão ao Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março. Entre as autoridades, estiveram presentes o titular do MDHC, Silvio Almeida, pessoas com Down, familiares e ativistas.
“Precisamos afirmar que nunca mais o preconceito vai nos pautar, nunca mais o ódio vai nos guiar. É com essa motivação que, dentro dos 100 primeiros dias de governo, estamos engajados na jornada que reconstruirá o que foi desfeito nos últimos anos e alcançar novas conquistas em termos de políticas públicas pactuadas com a sociedade. Sabemos como o povo brasileiro anseia por uma reconstrução inclusiva e generosa da política de direitos humanos e cidadania”, afirmou o ministro.
Para Silvio Almeida, todos os dias são para dizer que o que provoca dor é a discriminação, o preconceito, a banalização da violência, a falta ou o atendimento inadequado que viola a dignidade das pessoas com deficiência nos serviços de saúde, de educação e acesso ao trabalho, para citar alguns exemplos. “Todas as vidas existem e são valiosas para nós”, disse.
Enquanto gestor, Silvio Almeida enfatizou que este governo reconhece a existência de uma série de barreiras à inclusão das pessoas com deficiência intelectual, os esforços diários para superação dessas barreiras, os circuitos de exclusão que têm se perpetuado e que todos os indicadores das pessoas com deficiência são mais precários quando comparados com pessoas sem deficiência.
“Este ministério está comprometido com políticas públicas inclusivas. Afinal, a inclusão democratiza, gera aprendizagem, amplia horizontes, promove desenvolvimento socioeconômico e diminui desigualdades”, enfatizou.
Assista à íntegra da cerimônia pelo YouTube do MDHC
Eu me protejo
Integrante da mesa de autoridades, a representante do “Eu me protejo” apresentou o projeto que começou quando ela criou um material voltado à filha. “Fiz para a minha musa inspiradora, Amanda, com uma linguagem simples, uma técnica que é usada como forma de acessibilidade para pessoas com deficiência intelectual e que, na verdade, pode ser utilizada por todo mundo. O objetivo é o enfrentamento à violência”, contou.
Para a ativista, a metodologia faz toda a diferença. “O projeto traz materiais em linguagem simples para as famílias e os educadores ensinarem às crianças sobe prevenção a todo tipo de violência na infância, especialmente abusos sexuais. São cartilhas, jogos, músicas e outros recursos para ajudar nessa conversa”, disse ao contar que o projeto conta com o apoio de instituições como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Entrevista
Primeira repórter com Síndrome de Down do Brasil, reconhecida pelo Ranking Brasil, e a primeira do mundo, Fernanda Honorato também participou da mesa de autoridades e entrevistou o ministro Silvio Almeida. “Primeira pergunta, como o senhor se sente vendo uma pessoa com Síndrome de Down te entrevistando? E qual o seu maior desafio enquanto ministro”, questionou. Ela também é atriz, digital influencer e ativista.
“Sinto-me duplamente feliz. Primeiro, por estar sendo entrevistado por um ser humano que demonstra que a humanidade é múltipla e tem muitas possibilidades. Segundo, é uma jornalista de altíssimo nível”, ressaltou o titular do MDHC.
Quanto à segunda pergunta, Silvio Almeida disse que “o maior desafio sendo ministro é tentar construir uma política de direitos humanos que dê conta das enormes demandas e necessidades que o Brasil tem nesse momento e são resultados de uma história’, completou.
Autoridades
Completaram a mesa a secretária nacional dos direitos das pessoas com deficiência do MDHC, Anna Paula Feminella; a i nfluencer , escritora de 24 anos e pessoa com Síndrome de Down, Vitória Mesquita; e o deputado federal Marcio Honaiser (PDT-MA). “É conosco e não sem nós que a vida há de melhorar”, enfatizou a secretária e mediadora no evento.
Síndrome de Down
Condição humana determinada geneticamente, a Síndrome de Down ou trissomia do 21 é caracterizada por três cromossomos no par 21. Quanto à data internacional, o 21 de março é usado para demandar políticas públicas e reconhecimento dos direitos das pessoas com essa síndrome que afeta cerca de 1 em cada 700 recém-nascidos, totalizando estimadas 300 mil pessoas no país.
Foi o Brasil que propôs o Dia Mundial da Síndrome de Down, data acatada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011, com a finalidade de conscientizar sobre a importância dos direitos igualitários, bem-estar e inclusão das pessoas com Down na sociedade.
Texto: R.O.
Edição: R.D.
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