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MEMÓRIA E JUSTIÇA
“Não existe possibilidade de o Brasil superar seus traumas sem que o assassinato de Marielle Franco seja elucidado”, declara Silvio Almeida em ato na Câmara dos Deputados
Sessão solene contou com a presença das ministras Anielle Franco e Sônia Guajajara (Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
Na semana em que o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa 5 anos, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou que a superação dos traumas do Brasil está intimamente ligada à elucidação do caso. A fala aconteceu em sessão solene pela memória e justiça da violação política, de gênero e raça, na tribuna do Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (15).
“O assassinato de Marielle revelou como nosso país é autoritário e avesso à democracia. Não existe possibilidade de superar o autoritarismo se não nos comprometemos com a elucidação do caso. Há o compromisso do governo de que esse assassinato seja desvendado e que nós possamos chegar a quem são os mandantes e puni-los”, reforçou Silvio Almeida.
Também presente na sessão, a irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que, enquanto não houver resposta de quem mandou matar Marielle, a democracia brasileira segue fragilizada. “Atos como esse nos dão forças para viver e lutar contra a violência política que assola as nossas vidas. Os nossos corpos por estarem aqui, todos os corpos pretos e de mulheres negras por estarem aqui, já é um ato político”, apontou a ministra.
(Ministra Anielle Franco pelas lentes de Clarice Castro - Ascom/MDHC)
Além dos ministros Silvio Almeida e Anielle Franco, o evento reuniu familiares da vereadora e de Anderson Gomes, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e parlamentares.
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), propositora da sessão solene, encerrou o encontro e falou de sua emoção ao rememorar o assassinato. “Estamos aqui relembrando a execução brutal, covarde e violenta de Marielle e Anderson. Até hoje o Estado brasileiro foi incapaz de responder quem os matou. Nós não arredaremos um pé dessa resposta e dessa luta”, concluiu a deputada.
Texto: TP
Edição: RD
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