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LUTA ANTIRRACISTA
Silvio Almeida defende nova definição de direitos humanos e a atuação conjunta do Mercosul no enfrentamento ao racismo
O ministro Silvio Almeida em coletiva de imprensa no âmbito da RAADH, em Buenos Aires. (Foto: Divulgação)
Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (11), na Argentina, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou que "é preciso construir outros horizontes conceituais, redefinir humanidade e, consequentemente, os direitos humanos". Na data, o titular do MDHC também defendeu a atuação conjunta do Mercosul na promoção da igualdade racial na América Latina. As declarações foram feitas por ocasião da 41ª Reunião de Altas Autoridades sobre Direitos Humanos do Mercosul (RAADH) em Buenos Aires, capital argentina.
“Temos que construir novos parâmetros, novas formas de fazer política para os direitos humanos não só na América Latina mas também no mundo todo. Eu me preocupo muito com a relação entre teoria e prática. Não tem outra saída: nossas práticas devem ser mais eficientes. Nós precisamos olhar para a conexão do que a gente chama de Direitos Humanos junto a outras questões que não eram tratadas neste campo”, ressaltou o ministro.
Entre as questões, Silvio Almeida chamou a atenção para a importância do enfrentamento ao racismo. Para o gestor, a questão racial é conceitual e está na base dos problemas que levaram, inclusive, à instalação de regimes autoritários e ditatoriais na América Latina. “A facilidade com que o assassinato é incorporado à vida social tem a ver, portanto, com o fato de que nós somos fundamentalmente negros e indígenas”, observou.
“O que eu vejo na América Latina, especialmente, é que toda a tradição da política de direitos humanos foi construída em torno da superação de regimes ditatoriais, como aqui na Argentina, que é um exemplo para todos nós e tem uma política de Memória, Justiça e Verdade de maneira institucional. Já na realidade brasileira temos uma série de distinções. Há uma história que nos liga, mas cada país tem suas particularidades”, completou ao defender também a prioridade das políticas de promoção da igualdade racial.
Sobre a participação do Brasil no encontro do bloco sul-americano, o ministro ressaltou que o país teve uma participação destrutiva da composição das relações internacionais especialmente com os países da América Latina no governo anterior. "Este é um momento de retomada do diálogo e da concertação com os países vizinhos e irmãos”, enfatizou.
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Texto: R.O.
Edição: R.D.
Revisão: A.O.
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