Notícias
PESSOAS IDOSAS
Etarismo no Brasil é o tema abordado pelo secretário Alexandre da Silva em audiência pública na Câmara dos Deputados
Secretário Alexandre na mesa de autoridades da audiência pública. (Foto: Stéff Magalhães - Ascom/MDHC)
O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, fez uma explanação sobre o etarismo no Brasil nesta quarta-feira (17), na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados. Entre as ações destacadas para enfrentar o problema, o integrante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) defendeu a importância de colocar em prática o que estabelece a Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), de 2015. O documento promove os direitos das pessoas idosas e o enfrentamento ao preconceito e à discriminação.
Ainda no evento, o gestor ressaltou que uma das áreas em que a discriminação etária pode ser observada é o mercado de trabalho. De acordo com ele, muitos profissionais mais experientes enfrentam dificuldades na busca por emprego devido à preferência dada aos candidatos mais jovens. “Eles [os mais experientes] podem ser vistos como menos adaptáveis às novas tecnologias e com menor capacidade de aprendizado, estereótipos que não refletem necessariamente a realidade. Essa discriminação muitas vezes resulta em exclusão profissional e dificuldades financeiras para os trabalhadores mais velhos”, afirmou.
Alexandre da Silva acrescentou que o preconceito etário também se manifesta nas interações sociais cotidianas. “Pessoas idosas podem ser alvo de atitudes preconceituosas e de estereótipos negativos em todos os ambientes que frequentam, o que afeta sua autoestima e bem-estar emocional. Essa forma de discriminação pode ocorrer tanto em espaços públicos como em âmbito familiar, perpetuando estigmas e dificultando a inclusão social dos idosos”, disse.
“Embora a sociedade brasileira esteja cada vez mais consciente sobre a importância da igualdade e do respeito às diferenças, o preconceito relacionado à idade ainda persiste em diferentes setores da sociedade”, completou o secretário.
Etarismo
Além do secretário, outros especialistas e pesquisadores debateram ações para promover uma sociedade inclusiva e justa, que valoriza todas as fases da vida. Entre eles, a consultora nacional para o Tema Envelhecimento Saudável da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), Maria Cristina Hoffmann; a antropóloga e pesquisadora Mirian Goldenberg; a assistente social e pesquisadora Dulce Silva; e a estudante de Biomedicina Patrícia Linhares, de 44 anos, que sofreu preconceito de colegas de faculdade em Bauru, São Paulo, por conta da idade.
Leia nota do MDHC e do MEC sobre o caso da estudante de 44 anos
Intergeracionalidade
Durante a audiência pública, crianças da Escola Parque de Brasília visitaram o Plenário 12, da Câmara dos Deputados, para acompanhar o debate sobre o enfrentamento à prática discriminatória contra idosos.
Texto: M.V.L.
Edição: R.O.
Para dúvidas e mais informações:
imprensa@mdh.gov.br
Atendimento exclusivo à imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDHC
(61) 2027-3538
(61) 9558-9277 - WhatsApp exclusivo para relacionamento com a imprensa