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Brasil debate políticas públicas voltadas à saúde mental de crianças e adolescentes no Mercosul
Plenária sobre políticas públicas voltadas à saúde mental de crianças e adolescentes na RAADH. (Foto: Isabel Carvalho - Ascom/MDHC)
Representantes do Brasil e dos demais países do Mercosul trocaram experiências no campo da saúde mental de crianças e adolescentes nesta segunda-feira (8), no primeiro dia da XLI Reunião de Altas Autoridades sobre Direitos Humanos do Mercosul (RAADH). Desta vez, o encontro semestral ocorre em Buenos Aires, na Argentina, com o intuito de refletir e ditar a agenda de direitos humanos do bloco sul-americano. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) participa das discussões.
Coordenador da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA/MDHC), Assis da Costa Oliveira esteve no seminário que contou com a participação de crianças e adolescentes. Para o gestor, o evento teve o objetivo de traçar sobretudo as perspectivas de diagnóstico dos países envolvidos para saber como está a situação das crianças e adolescentes no campo da saúde mental, além de enfatizar as políticas públicas que estão sendo desenvolvidas para prevenir problemas de saúde mental e melhorar o atendimento de crianças e adolescentes.
"O Brasil participa da elaboração de um diagnóstico regional, a fim de discutir a situação da saúde mental e a incidência das políticas públicas. Por isso a importância do nosso país estar envolvido, tanto para o fortalecimento dessa articulação internacional, do intercâmbio entre os países, como também para potencializar as políticas de saúde mental com envolvimento das crianças e escuta qualificada das suas demandas", disse.
O coordenador ressaltou que a saúde mental não é um trabalho só da área da saúde. "Nós precisamos ter um trabalho intersetorial envolvendo sobretudo as escolas e as comunidades para que de fato haja um trabalho preventivo de atendimento efetivo e as pessoas se sintam envolvidas. Além disso, precisamos lembrar também da interseccionalidade, ou seja, diferentes sujeitos têm diferentes formas de impacto à sua saúde mental, como raça, etnia, gênero, sexualidade, migrantes, pessoas com deficiência. Que esse campo mais amplo da criança e do adolescente venha mostrar que a diversidade também precisa implicar na construção das políticas de saúde mental. E com isso o nosso país também está preocupado e vamos discutir esse tema aqui na RAADH", completou.
Participação
Dois adolescentes brasileiros participaram do seminário, entre eles, Maria Alejandra, de 16 anos. Moradora do estado de Roraima, a estudante representou o Comitê de Participação de Adolescentes (CPA) do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). O órgão colegiado integra a estrutura do MDHC.
"Estamos aqui para falar sobre as demandas e dificuldades que estão ocorrendo em todos os países no contexto pós-pandemia. Estamos debatendo agora para a melhoria dos nossos países no nível do Mercosul", afirmou Alejandra.
Raul Zainedin da Rocha, de 15 anos, também esteve no seminário. "Viemos tratar sobre os direitos da criança e do adolescente representando a Rede Sul de Crianças e Adolescentes (RedSurca) e o CPA. A RedSurca é um espaço onde as crianças e adolescentes de todos os países do Mercosul podem trocar experiências sobre diversos temas que tratam sobre os direitos infantojuvenis", contou.
"Na reunião de hoje a gente veio falar sobre o direito à participação, à saúde mental integral, à educação sexual e à educação. A importância desses espaços internacionais de diálogo entre crianças e adolescentes é realmente esse intercâmbio de ideias que acaba gerando políticas públicas mais efetivas direcionadas a toda a comunidade de crianças e adolescentes do Mercosul. Então, a partir disso, a realidade e o cotidiano das crianças e adolescentes de toda a rede podem ser melhorados", completou Raul.
Texto: R.O.
Edição: P.V.C.
Revisão: A.O.
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