Anna Paula Feminella se reúne com representantes do governo argentino para intercâmbio de políticas para pessoas com deficiência

Com o intuito de trocar experiências e traçar políticas públicas conjuntas em favor das pessoas com deficiência, a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, se reuniu, nesta quinta-feira (11), em Buenos Aires, na Argentina, com representantes da Agência Nacional de Discapacidad (Anadis), instituição do governo argentino que tem como missão promover a inclusão social e proteção dos direitos dessa parcela da população.

Na ocasião, Anna Paula Feminella, acompanhada da diretora dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Naira Gaspar, trocaram experiências com o diretor executivo da agência argentina, Fernando Galarraga. Entre outros temas, foram abordadas estratégias para a promoção de direitos humanos em países de contexto federativo, desafios de implementação de instrumentos de certificação única da deficiência, o resgate da memória sobre o protagonismo de pessoas com deficiência na defesa da democracia e a colaboração entre os dois países.

“Foi um encontro muito produtivo, nós temos várias frentes de cooperação possíveis que podemos explorar e já estamos tratando com a Anadis sobre as diversas formas de colaboração”, colocou a secretária.

Além disso, foram identificados diversos eixos estratégicos de colaboração, especialmente na elaboração de políticas públicas visando a implementação de mecanismos de certificação unificada que promovam uma perspectiva social da deficiência. “Existe um imenso potencial de cooperação técnica entre os dois países para formação de equipes de avaliação onde podemos avançar juntos na implementação do modelo social de avaliação e superação de barreiras”, explicou a diretora Naira Gaspar.

Memória

Anna Paula Feminella e Naira Gaspar puderam ainda visitar o Espaço para a Memória da Agência – uma exposição fotográfica que resgata a memória de pessoas com deficiência que desapareceram durante a ditatura argentina, entre os anos de 1976 e 1983.

“Memoriais como esse não existem ainda no Brasil e a iniciativa nos inspira a resgatar a memória sobre a história de resistência de pessoas com deficiência à ditadura no Brasil. Precisamos lembrar das pessoas com deficiência que foram vítimas da repressão e aquelas que se tornaram pessoas com deficiência em função dos atos do regime ditatorial”, finalizou Anna Paula Feminella.

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