Secretária Anna Paula Feminella participa de debate sobre a instituição do Dia da Diversidade Surda, na Câmara dos Deputados

A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, participou da audiência pública que debateu a instituição do Dia da Diversidade Surda nesta terça-feira (20), na Câmara dos Deputados. Para a integrante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o projeto de lei sobre a data é importante para dar visibilidade à pauta e promover os direitos das pessoas surdas. No evento, a secretária também apontou que a opressão capacitista que a pessoa surda sofre é chamada de ouvintismo e que deve ser feito um debate sobre isso.

“A valorização da diversidade surda passa pela superação de qualquer opressão capacitista. Não somente a heterogeneidade da condição da pessoa com deficiência, como também as vulnerabilidades sociais precisam ser observadas na implantação de qualquer política pública. O desconhecimento fortalece estigmas ou generalizações que acabam punindo as pessoas. Precisamos de políticas públicas afirmativas para que estejamos presentes em qualquer espaço”, defendeu Feminella.

“A pauta da pessoa com deficiência é complexa e não tão óbvia por vivermos em uma sociedade da corponormatividade, que hierarquiza as pessoas pelo tipo de corpo e funcionalidade. Isso pode ser superado a partir da valorização da diversidade”, completou a secretária.

Pessoas com deficiência

Sobre as ações voltadas às pessoas com deficiência, a secretária completou que o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, lançou um despacho determinando a elaboração do novo Viver sem Limite 2 em 120 dias e que a consulta pública será lançada no dia 26 de junho. “Ficamos sete anos sem um plano para promover os direitos das pessoas com deficiência, então queremos apresentar as propostas em quatro grandes eixos. Precisamos da união de toda a sociedade civil e do poder público, pois são muitas as lacunas nas políticas públicas e para que possamos superar o capacitismo e promover a participação das pessoas com deficiência na sociedade”, enfatizou a secretária.

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