Notícias
TRANSVERSALIDADE
Aula magna de Silvio Almeida inaugura atividades do Comitê de Diversidade e Inclusão da AGU
Evento ocorreu na sede II da Advocacia-Geral da União, em Brasília (Foto: Stéffani Magalhães - Ascom/MDHC)
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, proferiu uma aula magna nesta quinta-feira (1º), na Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília, onde abordou aspectos que envolvem o racismo na sociedade, a sua relação profunda com todos os demais elementos da estrutura social e as perspectivas de enfrentamento e superação. O evento marcou o lançamento do Comitê de Diversidade e Inclusão da AGU.
“Todo racismo é estrutural. E por que eu estou dizendo isso? Estou dizendo porque o racismo surge de determinadas condições da organização social e política, determinadas condições de organização do mundo e que, portanto, fazem com que os atos que nós consideramos como racistas, do ponto de vista individual, só consigam ser identificados como atos de racismo porque existe um pano de fundo que permite a cada um de nós identificar a violência”, pontuou.
“Se nós pensarmos no racismo como uma cena, automaticamente a gente pode pensar: não existe cena sem que haja cenário”, explicou Silvio Almeida.
Racismo relacional
Durante sua palestra, direcionada aos funcionários da AGU, entre eles os componentes do Comitê de Diversidade e Inclusão da instituição, Almeida colocou que o racismo é algo relacional. “Só existe racismo na relação e a relação entre os indivíduos se dá no interior de uma estrutura social, ou seja, de elementos que são necessários para que a sociedade possa existir tal como ela é”, argumentou.
Combate ao racismo
Silvio Almeida pontuou que os programas de formação e capacitação sobre a temática são importantes, porém não suficientes. “O combate ao racismo não se dá apenas com inserções sobre o indivíduo, mas com mudanças da organização da vida social. Pode ser que nossa geração não veja a superação do racismo porque talvez não tenhamos tempo para mudar as estruturas sociais”, analisou.
Como ponto conclusivo de sua aula magna, o ministro Silvio Almeida abordou o enfrentamento ao racismo e elencou algumas maneiras de dar fim a essa prática. “Nós temos que ter consciência de que institucionalmente, sendo o racismo um elemento que deriva da sociabilidade, temos que ter postura ativa e permanente de combate ao racismo. Vocês deram um grande passo importante criando o comitê e o racismo institucional se enfrenta interferindo na instituição, nos regulamentos da instituição que devem ser feitos pensando em como vou ordenar as subjetividades de tal sorte a fazer com que o racismo não seja decisivo na relação institucional”, concluiu o ministro.
Comitê de Diversidade e Inclusão
Ao abrir o evento, o ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, disse ser privilegiado por estar ao lado de Silvio Almeida no governo federal. “É um privilégio estar neste governo, ter o Silvio como colega e te agradeço pelo trabalho que tem feito brilhantemente à frente do MDHC. A retomada da agenda de diversidade requer uma mudança estrutural nas políticas públicas e na cultura organizacional das instituições”, disse Messias.
O Comitê de Diversidade e Inclusão da AGU tem como finalidade propor e acompanhar iniciativas relacionadas aos temas no âmbito da instituição. Caberá ao colegiado estruturar um plano de ação para a Política de Diversidade e Inclusão, considerando especialmente iniciativas relacionadas à igualdade de gênero, étnica e racial; e identificar políticas, programas, ações e projetos de diversidade e inclusão da administração pública federal.
O colegiado conta com a participação dos membros e servidores da AGU, servidores de ministérios com atuação relacionada ao tema e de entidades do sistema de Justiça.
*Com informações da AGU
Texto: T.P.
Edição: P.V.C.
Para dúvidas e mais informações:
imprensa@mdh.gov.br
Atendimento exclusivo à imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDHC
(61) 2027-3538
(61) 9558-9277 - WhatsApp exclusivo para relacionamento com a imprensa