Rita Oliveira elenca ações do MDHC em prol das pessoas negras e promoção do bem viver no Festival Latinidades em Brasília

Um resumo das políticas desenvolvidas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) sobre a população negra, sua memória e bem viver foram apresentadas pela secretária-executiva do MDHC, Rita Oliveira, no Festival Latinidades. A gestora marcou presença na mesa de abertura do evento, nesta quinta-feira (6), em Brasília (DF).

“A ancestralidade do bem viver orienta nossa tarefa histórica de entregar políticas públicas de Estado que passem por uma construção coletiva, com participação social e que respondam às questões estruturais e estruturantes do país”, apontou Rita Oliveira.

A secretária-executiva do MDHC lembrou ao público do acordo para reparação histórica em favor das religiões de matriz africana, assinado em março deste ano entre o Ministério, a Defensoria Pública da União (DPU) e o Museu da República. A cooperação visa promover a pesquisa de inquéritos policiais sobre apreensão de bens religiosos afro-brasileiros em terreiros de candomblé e umbanda no Rio de Janeiro, entre 1890 e 1946. Rita Oliveira citou ainda a retomada das políticas de memória que foram assumidas pela Pasta nesta gestão do governo federal.

“Reconstruímos a assessoria de defesa da democracia, memória e verdade que, pela primeira vez na história do país, passou a ter uma instância voltada à memória e verdade da escravidão e do tráfico transatlântico. Reconstruímos a memória e a verdade sobre o nosso sagrado, sobre a perseguição das religiões de matriz africana, tudo isso em constante diálogo com os movimentos negros, pesquisadores, instituições públicas e organismos internacionais”, concluiu Rita.

Além da secretária Rita Oliveira, a mesa de abertura do Festival Latinidades contou com a presença das ministras Anielle Franco, da Igualdade Racial, Margareth Menezes, da Cultura e da deputada federal, Célia Xakriabá (Psol-MG).

Festival Latinidades

Criado em 2008, o Festival Latinidades é considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina e reúne anualmente todas as regiões brasileiras, com crescente participação internacional em mais de 20 países. O evento é organizado pelo Instituto Afrolatinas, uma organização de mulheres negras brasileiras que atua nas artes, na educação e na gestão cultural. 

Em 2023, o Latinidades vai passar por Brasília, Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador (BA). Em Brasília, o evento segue até o próximo domingo (9) com debates, palestras, oficinas, vivências, painéis, conferências, lançamentos literários, rodada de negócios, desfiles e apresentações de dança, teatro e música. No evento de abertura da edição Brasília, nesta quinta-feira, o público pôde assistir a uma apresentação do Afoxé Ogum Pá.

Texto: T.P.

Edição: P.V.C.

Revisão: A.O.

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