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ACESSIBILIDADE
Linguagem simples é tema de oficina promovida pelo MDHC
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), promoveu uma oficina sobre linguagem e design simples nesta segunda-feira (3), em Brasília (DF). A técnica reúne orientações sobre redação, estrutura, desenho e validação de textos, tornando a informação acessível a pessoas com dificuldade de compreensão de leitura.
Anfitriã da atividade, a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, destacou que o tema foi debatido durante a 16ª sessão da Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (COSP16), na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (EUA), no mês passado. “Essa foi uma demanda advinda dos movimentos sociais de defesa dos direitos das pessoas com deficiência intelectual do Brasil”, disse.
Participante da mesa de abertura, a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Laís Costa, traçou um paralelo entre a área da saúde e a comunicação para todas as pessoas. “Nós nunca vamos conseguir alcançar a saúde e o bem viver das pessoas se o que a gente produzir em termos de conhecimento, de informação e de comunicação não for simples assim, de um jeito que todo mundo possa entender”, ressaltou.
Iniciando os trabalhos da oficina, a jornalista Patrícia Almeida apresentou o “Guia Simples Assim – comunique com todo mundo”, publicação que orienta quanto ao uso da linguagem simples e explicou como surgiu a ideia de publicar o documento. “Há 5 anos, quando comecei a me especializar em linguagem fácil de entender, percebi como informações claras podem beneficiar não só pessoas com deficiência intelectual, mas também a todos, especialmente pessoas de grupos marginalizados. Naquela época, o tema ainda não era muito popular no Brasil, por isso comecei a compartilhar a ideia com outras pessoas e todos concordaram que seria ótimo para todos se a linguagem simples fosse disseminada em nosso país”, explicou.
Para a designer social e ativista queer, Cecilia Quental, a comunicação simples também engloba o uso de design com fácil entendimento. “A leitura do mundo digital é totalmente feita através do design, sendo que esse desenho deve ser claro, objetivo e harmônico para auxiliar o entendimento do conteúdo”, destacou.
Presente no debate, a fotógrafa, ativista, colaboradora da SNDPD/MDHC e pessoa com síndrome de Down, Jéssica Figueiredo, falou sobre a importância da linguagem simples para as pessoas com deficiência. Jéssica ressaltou que sem a linguagem simples não há inclusão e participação plena na sociedade. “Sem esse recurso de acessibilidade não podemos fazer escolhas, agir por nós mesmos, decidir sobre nossas vidas. Se todos garantirem linguagens simples para nós, em todos os lugares, vamos poder lutar por nossos direitos com total autonomia”, finalizou.
Comunicação simples
A comunicação fácil de entender, mais conhecida como linguagem simples, vem sendo usada no Brasil em órgãos do Executivo, Legislativo e Judiciário, mas ainda é pouco difundida, mesmo sendo direito garantido pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A técnica reúne orientações sobre redação, estrutura, desenho e validação de textos, tornando a informação acessível a pessoas com dificuldade de compreensão de leitura.
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