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NOVA PERSPECTIVA
Silvio Almeida reverencia luta por memória, verdade e justiça em discurso de posse como ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania
Ministro discursa em cerimônia de transmissão de cargo e anuncia autoridades que cuidarão do MDHC (Foto: Clarice Castro/Ascom-MDHC)
“Assumo hoje a função de ministro de estado dos Direitos Humanos e da Cidadania tendo a plena consciência de que não o faço só e nem mesmo faço por mim. Sou fruto de séculos de lutas e resistência de um povo que não se resignou, nem mesmo diante dos piores crimes e horrores da nossa história. Nós não nos envergamos, nós não nos rendemos. A nossa força é, sobretudo, a força dos nossos ancestrais", declarou Silvio Almeida, em seu discurso de posse como ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, nesta terça-feira (3), em Brasília.
Na ocasião, ex-ministros e ministras da pasta foram convidados a transmitir o cargo ao novo ministro. Estiveram presentes os ex-ministros e ministros da Maria do Rosário; Ideli Salvatti; Pepe Vargas; Gilberto Sabóia; Mário Mamede Filho; e Rogério Sottili. De maneira virtual, participaram os ex-ministros e ministras Luislinda Valois; Flávia Piovesan; Nilma Lino Gomes; Paulo Vannuchi; e José Gregori.
Dando boas-vindas ao novo ministro, a ex-ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário defendeu o combate a todo e qualquer tipo de injustiça: “Se há um lugar onde vamos enfrentar a radicalização imposta pela gestão anterior, esse lugar é aqui: no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Os novos tempos são para a verdade. Nós só existimos como Direitos Humanos quando reconhecemos que o Estado brasileiro é essencialmente violador desses direitos. E, ao reconhecermos isso, enfrentamos nossas dores e lutamos por reparação”, apontou.
Emocionado, Silvio agradeceu a presença de ex-ministros e se comprometeu com a causa dos Direitos Humanos. “Muito obrigado por tudo que fizeram e o que ainda fazem pelo Brasil. A essência do nosso trabalho nesse Ministério virá dessa memória”, reverenciou.
Ancestralidade
A conexão com o passado, presente e futuro foram destaque na fala do ministro. “Sobre essa relação com o tempo, e especificamente com o passado, estou falando daquilo que somos e podemos ser: não se trata do passado que nos aprisiona, mas daquele que nos serve como catapulta em direção ao presente e também nos lance em direção ao futuro”, salientou o novo titular do MDHC.
Ao citar suas referências pessoais, Silvio falou do orgulho em representar nacionalmente uma pasta de tanta importância para o povo brasileiro. “Ao assumir este Ministério, trago comigo a luta de Zumbi, de Dandara, Luiz Gama e Luíza Mahin, de Abdias, de Guerreiro Ramos, de Lélia Gonzales, de Milton Santos, de Marielle Franco e de Pelé – que foi ministro de Estado, também, deste Brasil. E tantos outros e outras que permitiram que eu estivesse aqui hoje, homem preto, ministro de Estado, à serviço de uma luta que um dia também foi deles,” destacou.
(Foto: Clarice Castro/Ascom-MDHC)
Reconstrução
Entre as sinalizações de iniciativas que irão contribuir para uma nova perspectiva em direitos humanos no Brasil, o professor Silvio Almeida reforçou o compromisso com a construção do sentimento de paz. “A verdadeira paz será aquela que construiremos com a verdade, com o cultivo da memória e a realização da justiça”, enumerou.
Assim, o ministro se comprometeu a reativar a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos e criar a Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade. Para chefiar as iniciativas do tema, indicou Nilmário Miranda que no primeiro mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi o primeiro secretário especial de Direitos Humanos.
Em um dos momentos de maior empolgação do público presente, Silvio reforçou seu compromisso com trabalhadoras e trabalhadores; mulheres; homens e mulheres pretos e pretas; povos indígenas; pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, travestis, intersexo e não binárias; pessoas em situação de rua; pessoas com deficiência, pessoas idosas, anistiados e filhos de anistiados, vítimas de violência, vítimas da fome e da falta de moradia, pessoas que sofrem com a falta de acesso à saúde, empregadas domésticas, todos e todas que sofrem com a falta de transporte, todos e todas que têm seus direitos violados.
“Apesar de parecer óbvio, vou dizê-lo, pois nos últimos quatro anos esta verdade foi negada a todos os segmentos sociais a que acabei me referir. Vocês existem e são valiosos para nós”, enfatizou ao ser ovacionado pelo público que lotou o Auditório do Bloco A da Esplanada dos Ministérios.
Entre as autoridades presentes ligadas aos direitos humanos, prestigiaram a posse as ministras da Mulher, Aparecida Gonçalves; a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
(Foto: Clarice Castro/Ascom-MDHC)
Confira aqui o discurso na íntegra
Assista à íntegra da solenidade
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