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REVISIONISMO
População do Norte do país não foi beneficiada pelo programa Abrace o Marajó, aponta relatório
Ministério fará auditoria dos trabalhos conduzidos no âmbito do Abrace o Marajó (Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
Representantes da Câmara dos Deputados e da sociedade civil entregaram ao ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, um relatório que expõe o uso indevido do Estado na condução do programa Abrace o Marajó. Promovido pela gestão anterior, a estratégia teria sido usada para beneficiar interesses estrangeiros, sem participação social e sem beneficiar cidadãos da região. O encontro aconteceu na última terça-feira (31).
Um dos responsáveis pelo documento, o deputado federal João Daniel (PT-SE), presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, informou que recebeu denúncias sobre o programa Abrace o Marajó desde o ano passado, na ilha marajoara, em Belém (PA).
“Não houve participação da sociedade para a construção do programa. Não houve debate. Na verdade, havia o interesse de levar grandes empreendimentos capitalistas que usassem as riquezas naturais da região sem beneficiar nenhum habitante local”, afirmou o parlamentar.
Presente no encontro, o Bispo da Prelazia do Marajó, Dom Evaristo Spengler, reiterou a ausência de articulação entre os poderes estaduais, municipais e popular. “No relatório, está claro que a iniciativa não atendeu as necessidades daquele povo. Por isso, pedimos auditoria do programa”, destacou.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) seguirá na apuração do relatório e promoverá uma auditoria com objetivo de detalhar o uso indevido do Estado pela gestão anterior. A Secretaria-Executiva do MDHC será responsável por esta missão.
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