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TRAGÉDIA HUMANITÁRIA
Ministério dos Direitos Humanos realiza 2ª etapa do diagnóstico sobre violações de direitos humanos do povo Yanomami
Centros de saúde para atendimento e apoio aos povos indígenas recebem comitiva ministerial (Foto: Isabel Carvalho - Ascom/MDHC)
Integrantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) estiveram nesta segunda-feira (6) em Boa Vista (RR) para a segunda etapa da missão com o objetivo de levantar informações para a produção de diagnóstico referente à tragédia humanitária que assola o povo Yanomami.
A comitiva do Ministério visitou a Casa de Saúde Indígena (Casai), os hospitais da Criança e Geral de Roraima (HGR) e o Conselho Indígena de Roraima (CIR). A equipe ministerial está na região pela segunda semana consecutiva.
Na Casai, o grupo de trabalho verificou instalações e conversou com profissionais de saúde para entender como estão as condições, os procedimentos que são adotados e as principais demandas da população Yanomami. O local funciona como uma casa de apoio aos indígenas que já receberam tratamento de saúde e estão aguardando a data de retorno para casa. Entre os profissionais no local, estão profissionais de saúde, assistentes sociais e funcionários voluntários.
O coordenador da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do MDHC, Assis da Costa Oliveira, que está no local, ressalta a importância de obter todas as informações necessárias para realizar um relatório bem preciso.
“O diagnóstico será útil para que se possa apontar tanto os cenários de políticas públicas quanto das violações de direitos humanos pelas quais passa o povo Yanomami. Apontar para a sociedade e o Estado as diretrizes e recomendações necessárias para a melhoria integral das condições de vida da população Yanomami e responsabilização dos agentes que provocaram essa situação grave de violação de direitos humanos desse povo”, afirma.
Pelo MDHC, também integram a comitiva a coordenadora-geral do Gabinete da Secretaria-Executiva, Teresa Labrunie Calmon Soares; e a coordenadora-geral da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Luciana Pivato.
Além dos agentes públicos e profissionais de saúde, há diversos voluntários dando apoio à grave situação do momento, como integrantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), das Forças Armadas e profissionais dos Mais Médicos e do Médicos Sem Fronteiras.
Mais agendas
Nesta terça-feira (7), a equipe irá à terra indígena Yanomami para poder acompanhar diretamente como estão as suas condições de vida, os conflitos com os garimpeiros e concluir o levantamento. Para quarta-feira (8), está prevista a presença do ministro do MDHC, Silvio Almeida, na região.
Fique por dentro
Na semana passada, o MDHC esteve em Roraima e manteve diálogo com o sistema de justiça, com os defensores de direitos humanos e com o governo local. Na oportunidade, encontros com lideranças indígenas e profissionais da saúde e segurança públicas compuseram a primeira semana da comitiva no estado.
Na segunda-feira (30), o MDHC divulgou relatório preliminar lançando luz sobre as omissões da gestão anterior no contexto dos povos originários. Acesse o documento.
Canal de denúncias
Denúncias de violações aos direitos humanos dos povos indígenas podem ser feitas pelo Disque 100. Sob gestão do MDHC, o serviço é coordenado pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), é gratuito, sigiloso e opera 24h por dia. Além de ligação gratuita, os serviços estão disponíveis por meio do site da Ouvidoria, aplicativo Direitos Humanos, Telegram (digitar na busca “Direitoshumanosbrasil”) e WhatsApp (61 - 99656-5008). O canal também possui atendimento em Libras.
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