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TRAGÉDIA HUMANITÁRIA
Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania visita aldeias em território Yanomami
Comitiva chega ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami para colher informações locais sobre com foco em direitos humanos (Foto: Isabel Carvalho - Ascom/MDHC)
A comitiva liderada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) em Roraima recebeu denúncias de violações de direitos humanos e constatou que a saúde segue sendo a preocupação mais urgente do povo indígena Yanomami. Integrantes do MDHC realizaram nessa terça-feira (7) visitas de campo a equipamentos de saúde e aldeias que integram o território Yanomami. O grupo viajou ao estado pela segunda semana consecutiva, na missão que tem o objetivo de levantar informações e diagnósticos para a produção de um relatório sobre a tragédia humanitária que atinge os indígenas na região.
Em Surucucu, local de referência dentro do território, os membros do ministério foram recepcionados pelas autoridades locais e foram até o polo-base da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), onde conversaram com algumas lideranças indígenas que estavam internadas e colheram depoimentos. Depois, eles foram à Comunidade Loko para verificar denúncias de violações de direitos humanos, as questões de saúde e distribuição de alimentos, juntamente com representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Eles foram acompanhados por equipes da Sesai e do Ministério da Saúde.
Os integrantes da Pasta conversaram com os profissionais de saúde, voluntários e militares. A enfermeira Eliane Opoxina, que trabalha há dez anos em território Yanomami, detalha como é a realidade vivida na região. “Nós temos vivido muitos desafios e acompanhado com atenção a transformação do modo de vida dos indígenas. A saúde é o ponto mais grave, mas existem, claro, os problemas sociais. Nesse momento, estamos trabalhando muito as emergências de todas as situações de saúde que a gente possa apoiar para que eles vivam bem no seu território”, detalhou.
A coordenadora-geral da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do MDHC, Luciana Pivato, destacou a transversalidade das ações. “Estamos na segunda etapa dessa importante missão, já realizamos atividades na cidade de Boa Vista (RR) e agora estamos na Base do Exército em Surucucu, dialogando com a Sesai em visita às comunidades para verificar o estado das coisas e as violações de direitos humanos”, explicou.
Nas ações de campo, a comitiva contou com o apoio do Comando de Fronteira Roraima do Exército Brasileiro. O Tenente-Coronel M. Júnior, comandante da Base, explicou o trabalho dos integrantes das Forças Armadas e reconheceu a presença dos direitos humanos na região. “Tudo que visa atender o ser humano, o trabalho empregado em prol da população em toda a plenitude de ações, é fundamental", disse.
Durante as visitas, as demandas locais e denúncias de violações de direitos humanos foram colhidas pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que encaminhará as manifestações aos órgãos competentes.
Informações colhidas farão parte de relatório do MDHC (Foto: Isabel Carvalho)
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