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TRAGÉDIA HUMANITÁRIA
Comitiva do MDHC busca ampliar rede de proteção aos defensores de direitos humanos em Boa Vista (RR)
Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania dá continuidade às apurações da tragédia Yanomami (Foto: Isabel Carvalho - Ascom/MDHC)
Nesta terça-feira (31), segundo dia da missão em Boa Vista (RR), a comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) participou de reuniões nas sedes do Tribunal de Justiça, da Defensoria Pública da União e dos Ministérios Públicos estadual e federal para dar andamento às apurações da crise humanitária que atinge o povo Yanomami. Nas duas agendas, foram ouvidos desembargadores, juízes, promotores e defensores públicos.
Além de buscar compreender as causas da tragédia, o ouvidor nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato, explicou aos representantes de justiça que a implementação de algumas medidas é urgente para a preservação de vidas. “Estamos recebendo informações sobre o nível de ameaças que alguns envolvidos estão sofrendo”, comentou.
Ainda segundo o ouvidor nacional, um dos objetivos da missão em Roraima é entender como foi a dinâmica de atuação dos órgãos locais em relação aos povos Yanomamis. “Nós identificamos um isolamento dessa comunidade quanto ao acesso a diversas políticas públicas e isso precisa ser corrigido o mais breve possível”, alertou Bruno Renato.
De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), o desembargador Cristóvão Suter, o órgão está à disposição para que, junto ao Ministério Público e aos governos federal e estadual, seja feito um levantamento de informações.
“Estamos buscando entender a gravidade da situação, principalmente no que diz respeito às crianças Yanomamis, já que além da situação de mortalidade e desnutrição, estamos recebendo ainda denúncias de violação sexual”, mencionou. “O nosso objetivo comum é o de garantir direitos e punir aqueles que infringiram a lei”, afirmou o desembargador.
A secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Isadora Brandão, por sua vez, se reuniu com a Defensoria Pública da União e com o Ministério Público Federal. Na ocasião, dialogou sobre o cenário de insegurança das lideranças Yanomami. "Essas instituições estão dispostas a intensificar o trabalho de articulação que já desenvolvem junto às lideranças indígenas e entidades indigenistas para que possamos consolidar uma rede local de proteção aos Defensores de Direitos Humanos bastante ampla e robusta", disse.
A secretária Isadora Brandão, à direita, em agenda em Boa Vista (RR) (Foto: Isabel Carvalho)
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