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“Envelhecer é ser feliz!”, afirma Alexandre da Silva ao assumir a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do MDHC
Alexandre da Silva comandará políticas em defesa das pessoas idosas na nova perspectiva em direitos humanos que guia a gestão 2023-2026 (Foto: Clarice Castro - Ascom/MDHC)
A fala tranquila e a inquietação por mudança logo são reveladas na primeira conversa com o secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), Alexandre da Silva. Como parte importante da estrutura do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a Secretaria ganha um novo olhar sobre a pessoa idosa e o gestor já manda um recado: “Envelhecer é bom! Envelhecer é garantir oportunidades. Envelhecer é aprender. Envelhecer é ser feliz!”, comemora.
Professor, doutor em saúde pública, especialista em gerontologia, fisioterapeuta de formação e com uma imensa capacidade de comunicação - tendo em vista a experiência que acumulou como colunista no portal UOL -, Alexandre fala com paixão sobre seu apego à pauta pela qual o ministro Silvio Almeida lhe confiou a SNDPI: “Será um grande desafio e é importante pensar que, da mesma forma que trabalhamos a infância e a juventude, também é necessário naturalizar e agradecer a possibilidade de envelhecer. Assim, pretendo, literalmente, aumentar a participação popular dentro da secretaria. Acredito que dessa forma as políticas públicas serão mais assertivas em relação às necessidades das pessoas idosas”.
Aos 45 anos e nascido no interior de São Paulo, Alexandre atribui à família sua inspiração para assumir a pasta de defesa da pessoa idosa: “Eles trazem para mim essa sensação de conexão e de que eu estou seguindo algo que eles começaram lá atrás, e dando um passo à frente. Meus avós e meus pais não têm a formação acadêmica que tenho, mas eles fazem parte disso. Eu sei e sinto isso!”, orgulha-se.
Um senhor currículo
“A vida e todas as minhas experiências me preparam para assumir essa responsabilidade,” relembra o secretário que, muito além da formação acadêmica, priorizou a pauta da pessoa idosa em vários momentos de sua trajetória. “Eu sabia que essa era minha missão desde muito cedo”, revela.
Além das especializações em saúde coletiva, gerontologia e fisioterapia, Alexandre também se destacou nas áreas de bioestatística, epidemiologia, metodologia científica, reabilitação, saúde do trabalhador, políticas de saúde e saúde da população negra.
Olhar para o futuro
Sobre os desafios futuros, o secretário reforça a importância do respeito em qualquer situação: “A Secretaria pode ajudar a criar condições para que possamos respeitar a forma pela qual cada pessoa quer envelhecer. Envelhecer é sinal de que as políticas públicas funcionaram. Diferentemente do que ouvimos em anos anteriores, não é ruim envelhecer”.
“Estamos aqui falando de mais de 30 milhões de pessoas que já têm 60 anos ou mais e nós queremos que esse número aumente e que essas pessoas possam viver plenamente exercendo sua autonomia tendo possibilidade de realização”, acrescenta Alexandre da Silva.
Nesse sentido, a busca e valorização de direitos será latente em grande parte das ações da SNDPI. Ele reforça essa vontade ao afirmar que “garantir o direito, no sentido mais amplo, é entender que todo mundo pode fazer aquilo que tem vontade. Que se essa pessoa nunca fez, que tenha na velhice a possibilidade de fazer, de aprender e de viver seus sonhos”.
Representatividade em todos os lugares
A abordagem também muda na gestão de Alexandre. De acordo com ele, invisibilizar a pauta dos idosos diminuiu drasticamente o potencial das ações que poderiam ser desempenhadas pela Secretaria nos últimos anos. “Agora vamos falar sobre tudo que deveria ter sido dito antes. Existe uma organização que discrimina a pessoa mais velha e isso precisa acabar. Além da saúde, vamos falar sobre lazer, sexualidade, sobre a importância da nossa cultura e ressignificar a relevância dos idosos dentro da sociedade”, enfatiza.
Representar e alcançar todas as pessoas faz parte das prioridades do MDHC e isso é fonte de inspiração para o secretário: “Que todos os grupos sociais que antes não se viam representados sintam-se agora convidados e convidadas a participar. Grupos sociais de pessoas quilombolas, pessoas em situação de rua, LGBTQIA+ e todas as outras que têm o direito de envelhecer, sintam-se convidadas a integrar nossa Secretaria”, destacou e convocou ainda, sobre o uso de estratégias específicas para lidar com barreiras relacionadas à diversidade.
Recado final
Sobre a perspectiva de passagem do tempo, Alexandre afirma que até a leitura deste texto traz uma nova experiência: “Envelhecer é bom porque só envelhecendo a gente consegue ter oportunidades. Foi envelhecendo durante a leitura deste texto que você pôde me conhecer e saber quais são os novos propósitos da gestão. É envelhecendo que vocês terão a oportunidade de conhecer outras pessoas, de aprender e alcançar seu propósito de vida. E tudo isso traz felicidade”, concluiu.
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